Autoimpact se consolida como uma das líderes nacionais em palhetas de limpador de para-brisa, com crescimento sólido, inovação em produtos e planos de expansão para novos setores como a aviação.
No universo dos acessórios automotivos, as palhetas de limpador de para-brisa raramente ocupam os holofotes — mas são essenciais para a segurança nas estradas, especialmente em condições de chuva. Foi justamente apostando nesse componente negligenciado que a Autoimpact, fundada em Palhoça (SC), construiu uma trajetória surpreendente.
Hoje, a empresa figura entre as três maiores fornecedoras do Brasil, atrás apenas de multinacionais como Bosch e Trico, com um faturamento que atingiu a marca de R$ 35 milhões em 2024.
Crescimento acelerado e diversificação de portfólio
A Autoimpact ganhou notoriedade no mercado por investir em um portfólio amplo, com mais de 150 modelos de palhetas de limpador de para-brisa, que atendem desde veículos de passeio até caminhões, ônibus, tratores, colheitadeiras e outros veículos pesados.
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Essa versatilidade fez com que a empresa crescesse mesmo em períodos desafiadores.
Em 2023, a empresa registrou um salto significativo de faturamento: de R$ 19 milhões em 2022 para R$ 24 milhões, conquistando uma vaga no prestigiado ranking Exame Negócios em Expansão.
Já em 2024, o desempenho superou as expectativas, reforçando o posicionamento da Autoimpact como referência no setor.
Inovação além do básico: da borracha ao encaixe
A força da Autoimpact está em compreender que as palhetas de limpador de para-brisa não são itens genéricos.
“Nosso grande diferencial foi entender que, embora a palheta parecesse um produto simples, ela era essencial para uma grande diversidade de veículos”, explica Leonardo Salomé, fundador da empresa.
A marca se destacou ao antecipar tendências do setor automotivo, desenvolvendo modelos híbridos, flex e com encaixes personalizados para atender às exigências das montadoras.
Também apostou em tecnologias de ponta, como borrachas de silicone flex e versões teflonizadas, o que aumentou a durabilidade e desempenho dos produtos.
Da crise à reinvenção: a origem da Autoimpact
A jornada de Leonardo Salomé no setor automotivo começou com a importação de faróis xênon, tecnologia que foi popular no Brasil entre 2005 e 2007.
No entanto, com a proibição do uso desse tipo de iluminação em veículos de passeio, o negócio enfrentou dificuldades e quase fechou as portas.
Foi nesse cenário que nasceu a Autoimpact, com foco estratégico em um produto de alta demanda e baixa diversidade.
O início foi voltado exclusivamente para carros de passeio, mas logo a empresa percebeu o potencial de atender nichos ainda mais carentes — como o de máquinas agrícolas e veículos pesados — expandindo assim sua participação de mercado.
Resiliência em meio à crise logística
Durante a pandemia e os gargalos logísticos de 2020, muitos concorrentes enfrentaram dificuldade para manter estoques.
A Autoimpact, no entanto, conseguiu garantir o abastecimento contínuo de suas palhetas, o que gerou vantagem competitiva e crescimento expressivo.
“Conseguimos crescer ainda mais quando tudo voltou, superando os concorrentes que ficaram sem produto para oferecer”, lembra Salomé.
De Palhoça para o setor aeronáutico
Com a ambição de ser uma marca completa em soluções para o setor automotivo, a Autoimpact já mira novos voos.
A empresa planeja entrar no segmento da aviação, levando seu know-how em palhetas de limpador de para-brisa também para aeronaves.
“A cada ano, nosso objetivo é continuar crescendo de forma consistente. Queremos ser a marca que oferece uma solução completa, atendendo desde carros elétricos até o setor aeronáutico”, finaliza o fundador.
Fonte: Exame