ICN e NUCLEP caminham para mais um salto industrial unindo-se para a fabricação da primeira seção de qualificação do SN-BR Álvaro Alberto, primeiro submarino com propulsão nuclear da América Latina.
Um encontro na tarde desta sexta-feira, 2 de agosto entre o presidente da Nuclebras Equipamentos Pesados (NUCLEP), C. Alte Carlos Henrique Silva Seixas, e o Diretor Presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN), André Portalis, selou mais um avanço importante do Programa Nacional de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), da Marinha do Brasil.
Acompanhados dos Diretores Administrativo da NUCLEP, C. Alte. Oscar Moreira Filho, e Industrial da ICN, Carlos Adolpho, os dois deram início às tratativas para a construção da Seção de Qualificação do Submarino de Propulsão Nuclear Álvaro Alberto. A peça possibilitará que engenheiros, técnicos e operários realizem suas atividades, em fase de testes, antes de aplicá-las em definitivo nas seções que serão construídas para o SN-BR.
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Com tecnologia francesa, a mais moderna neste mercado, 100 metros e deslocamento de 6 mil toneladas, o SN-BR será o primeiro submarino de propulsão nuclear da história do Brasil, bem como, o primeiro a ser construído no Hemisfério Sul.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que detêm um projeto para a construção de um submarino nuclear voltado exclusivamente para a caça de outros submarinos, que não carregará mísseis balísticos.
Prosub: comparativo Tupi, S-BR e SN-BR
Autonomia – Uma das informações divulgadas pelo Complexo Naval de Itaguaí, é a considerável diferença de autonomia entre o S-BR e a classe “Tupi”: um aumento de 45 dias para 70 dias. Como comparação, o Scorpene original, como o modelo operado pelo Chile, sem a seção acrescentada ao S-BR que permitiu ampliar a capacidade de combustível e víveres (além de melhorar a habitabilidade), tem autonomia de cerca de 50 dias.
Em relação à classe “Tupi”, o S-BR poderá navegar até 13.000 milhas (com snorkel), contra 10.000 milhas náuticas. Já no caso do SN-BR, devido ao reator nuclear que pode produzir energia por vários anos antes da troca dos elementos combustíveis nucleares, o limite para sua autonomia é dado pela resistência de sua tripulação e duração dos víveres transportados a bordo, e não pelo combustível (diesel) transportado nos tanques, como é o caso dos convencionais.
Velocidades – A velocidade máxima “snorkeando” do S-BR e da classe “Tupi” é superior a 11 nós, conforme a tabela.
Porte do SN-BR – Em relação ao submarino nuclear, primeiramente chama a atenção o seu porte: com o comprimento total superior a 100 metros e diâmetro interno do casco resistente maior que 9 metros, o deslocamento do SN-BR está projetado em aproximadamente 6000 toneladas quando na superfície, e 6.500 toneladas em imersão. Esses números são semelhantes aos da consagrada classe “Los Angeles” de submarinos nucleares da Marinha dos Estados Unidos.
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