Novo pré-sal na região Norte do Brasil pode ter até 30 bilhões de barris de óleo equivalente no litoral do Amapá, do Pará e do Maranhão
Brasil descobre um novo pré-sal! Estudo científico que destaca o amplo potencial petrolífero na franja oceânica norte do território nacional, compreendendo Maranhão, Pará e Amapá foi entregue ao presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez, em janeiro deste ano, e já abriu uma disputa entre empresas e órgãos ambientais.
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Nas águas profundas e ultraprofundas da Bacia do Pará-Maranhão, existem aproximadamente 30 bilhões de barris de petróleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados. É o que diz o documento “Um novo ‘Pré-Sal’ no Arco Norte do Território Brasileiro”, de autoria de Allan Kardec Duailibe Barros Filho, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ronaldo Gomes Carmona, professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG), e Pedro Victor Zalán, presidente da ZAG Consultoria em Exploração de Petróleo.
Desse total, 13 bilhões de barris poderiam se transformar, de fato, em reservas descobertas, considerando um índice de sucesso de 45%, sobretudo no Maranhão. No pré-sal, são 40 bilhões de barris.
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“A primeira etapa é entrar em licitação, porque o solo é do Brasil, então algum órgão governamental tem que colocá-lo em licitação para as empresas adquirirem. Quem faz isso é a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Há várias rodadas de licitação. Por exemplo, este ano, há a 17ª rodada, que nós não entramos. Nós queremos entrar na 18ª rodada”, explicou o especialista maranhense Allan Kardec Barros Filho, que já foi diretor da ANP.
Novo pré-sal e a regulamentação ambiental
Receoso com os prejuízos ambientais que a atividade pode causar nesses estados, o governo optou por excluir, dos leilões de petróleo até 2022, os blocos localizados nessa bacia.
Algumas petroleiras, que chegaram a comprar concessões de áreas na Bacia do Foz do Amazonas, no litoral do Amapá e do Pará, nunca conseguiram receber aval do Ibama. Um exemplo é a francesa Total, que, após duas tentativas fracassadas de obter licenciamento, desistiu do negócio e preferiu repassá-lo à Petrobras.
Segundo o Ibama, a atividade econômica pode comprometer a sobrevivência de recifes de corais, que se estenderiam do Amapá até o Maranhão. O órgão enxerga também riscos ao Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís, localizado no litoral maranhense, unidade de conservação de flora e fauna marinha.
Petrobras é dona de três blocos na bacia do Pará-Maranhão
A estatal é dona de três blocos na bacia do Pará-Maranhão, mas ainda não há extração. Já a Enauta, outra petrolífera brasileira, de médio porte, possui dois blocos na bacia, mas ainda não perfurou em nenhum deles. A empresa classificou a região como estratégica para os seus negócios, e “de alto valor prospectivo”.
A Agência Nacional de Petróleo diz que mantém conversas constantes com o Ibama, mas, até o momento, não há previsão de inserir as áreas em suas licitações. Ao mesmo tempo, afirma que continua estudando a bacia e tem tido resultados positivos.