Paracetamol na gravidez é seguro, confirma estudo do BMJ; pesquisa descarta qualquer ligação com o autismo.
Paracetamol na gravidez é seguro, e estudo global confirma: não há relação com autismo
Um extenso estudo publicado nesta segunda-feira (10) pela revista British Medical Journal (BMJ) trouxe uma conclusão clara. Não há qualquer ligação entre o uso de paracetamol na gravidez e o autismo em crianças.
A análise reuniu dezenas de pesquisas realizadas nos últimos anos. Além disso, reforça o consenso científico de que o medicamento é seguro durante a gestação. Assim, desmonta boatos que se espalharam amplamente nas redes sociais.
A conclusão surge após declarações polêmicas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele afirmou, sem apresentar provas, que o paracetamol poderia causar transtornos do espectro autista (TEA) nos bebês. No entanto, a comunidade científica reagiu de forma rápida. Agora, com o estudo publicado no BMJ, o caso tem um desfecho definitivo, baseado em evidências sólidas e verificadas.
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Revisão no BMJ reúne décadas de pesquisas sobre paracetamol e autismo
De acordo com o artigo do BMJ, “os dados atualmente disponíveis são insuficientes para confirmar um vínculo entre a exposição ao paracetamol no útero e o autismo, assim como o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade durante a infância”.
A publicação resulta de uma “revisão guarda-chuva”, que reúne e analisa diversos estudos para construir um panorama científico mais preciso. Além disso, os autores explicam que a maioria das pesquisas anteriores tinha qualidade metodológica baixa e ignorava fatores essenciais, como predisposição genética ou condições de saúde da mãe.
Por isso, trabalhos que sugeriam uma possível relação entre o uso de paracetamol e o autismo não comprovaram causa e efeito. Em muitos casos, o medicamento estava ligado ao tratamento de febre ou dor, situações que, por si mesmas, podem afetar o desenvolvimento fetal.
OMS e especialistas reforçam segurança do paracetamol durante a gestação
Após as declarações de Trump, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou que não há qualquer evidência científica ligando o uso do paracetamol à ocorrência de autismo. A nova revisão publicada no BMJ apenas confirma esse consenso global, dando respaldo à prática médica adotada em todo o mundo.
O paracetamol, também conhecido pelos nomes comerciais Tylenol e Panadol, é amplamente recomendado para gestantes, por ser o analgésico e antipirético mais seguro quando comparado a alternativas como a aspirina e o ibuprofeno, que apresentam riscos comprovados para o feto.
O professor Dimitrios Sassiakos, da University College London, elogiou o novo estudo:
“É baseado em uma metodologia de alta qualidade que confirma o que especialistas repetem em todo o mundo”, afirmou ao Science Media Center britânico.
Estudo reforça confiança no uso racional do paracetamol
De forma clara e abrangente, o BMJ destaca que nenhuma nova evidência aponta para risco de autismo associado ao uso de paracetamol durante a gravidez. Ao contrário, o estudo oferece a visão mais completa e precisa até o momento sobre o tema, dissipando incertezas e trazendo tranquilidade para milhões de gestantes ao redor do mundo.
Os pesquisadores ressaltam que, mesmo com a segurança confirmada, o uso do medicamento deve seguir orientação médica, respeitando sempre a dose recomendada.
Conclusão: ciência reafirma — paracetamol na gravidez não causa autismo
A nova revisão científica encerra uma longa controvérsia. Além disso, reforça a importância das evidências na formulação de políticas públicas de saúde.
O consenso entre os especialistas é claro: o paracetamol continua sendo a opção mais segura para gestantes. Portanto, não há relação comprovada com o autismo ou outros distúrbios do desenvolvimento infantil.
Em meio à desinformação, o estudo do BMJ serve como um lembrete essencial. Assim, reforça que decisões médicas devem ser guiadas pela ciência — não por teorias sem base ou discursos políticos.


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