Caminhoneiros organizam uma possível nova greve em decorrência da alta no valor dos combustíveis em diversos postos brasileiros em menos de uma semana
A Petrobras decidiu aumentar novamente o valor dos combustíveis, seis dias após ter anunciado um outro aumento, caminhoneiros devem anunciar ova greve e afirmam que “tal conduta mostra claramente que o atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, está desafiando o Presidente da República e o governo, quando não cumpre o que se quer para o mercado: previsibilidade”.
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“Os caminhoneiros não são um problema da Petrobras”, afirmou Castello Branco. O novo aumento é o sexto do ano para a gasolina e o quinto para o óleo diesel. Com os novos reajustes de hoje, o preço do litro da gasolina já acumula alta de 54% este ano, e o do diesel, 41,6%.
CNTRC definirá nova greve de caminhoneiros em decorrência das altas taxas de combustíveis
O Conselho Nacional do Transporte Rodoviários de Carga informa que num encontro virtual nos dias 26 e 27 de março, será discutida a possibilidade de uma nova greve de caminhoneiros. O Presidente do CNTRC, Plinio Dias (foto à esquerda), diz que a pauta de reivindicações não mudou.
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O ponto principal é o sucessivo aumento dos preços do diesel e a falta de previsibilidade. Não é a primeira vez que surge uma ameaça de greve de caminhoneiros no País este ano. Uma paralisação marcada para o dia 1º de fevereiro tinha o apoio da CNTRC. Porém, o movimento passou a ter cunho político e acabou não acontecendo. Desde o dia 1º de março, o governo federal suspendeu a cobrança do PIS e do COFINS nas distribuidoras.
Lideranças não descartam uma nova greve de caminhoneiros por aumento de combustíveis
Outras lideranças também não descartam uma nova greve de caminhoneiros. É o caso de Wallace Landin. Ele é presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava): “Como o governo atendeu algumas demandas da classe, o movimento de greve perdeu um pouco da força, mas com este novo aumento…”
Além disso, o governo Bolsonaro também isentou os pneus de carga de impostos de importação. No mesmo sentido, vai afrouxar as normas de pesagem de caminhões nas estradas. Bem como editou um projeto de lei que prevê a MEI dos caminhoneiros.
Os petroleiros, através da Federação Única dos Petroleiros, que reúne os sindicatos de petroleiros de todo Brasil, também se manifestaram depois de um novo aumento imposto pela Petrobras. O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, criticou duramente os novos aumentos dos preços dos combustíveis. Para ele, é preciso extinguir imediatamente a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) que a empresa aplica, que considera a cotação do petróleo e do dólar, mas ignora os custos nacionais de produção dos derivados:
“É urgente e necessário o fim dessa política de preços da Petrobras, que muito penaliza o trabalhador brasileiro. E se a venda das refinarias for adiante, será a instauração em definitivo dessa política de preços que olha somente para o exterior para colocar preço em combustíveis produzidos no Brasil, por refinarias brasileiras, da Petrobras. Quem comprar esses ativos poderá cobrar o preço que quiser, e obviamente se guiará apenas pelos valores internacionais. Por isso alertamos sempre que o bolso do consumidor vai doer ainda mais.”