Missão empresarial nos EUA incluirá discussão sobre data centers e minerais de terras raras, diz CNI. Agenda organizada pela Confederação Nacional da Indústria terá reuniões em Washington para ampliar diálogo e buscar exceções ao tarifaço americano.
A missão empresarial nos EUA incluirá discussão sobre data centers e minerais de terras raras, segundo anunciou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em nota ao Estadão. O encontro acontece em Washington, nos dias 3 e 4 de setembro, e envolve empresários, representantes do governo e entidades setoriais.
O objetivo é aprofundar parcerias estratégicas com os Estados Unidos, em especial em áreas como energia limpa, tecnologia e insumos críticos. A agenda também pretende enfrentar os efeitos da tarifa de 50% aplicada sobre exportações brasileiras, defendendo maior acesso a exceções comerciais.
O que está em pauta na missão empresarial nos EUA
De acordo com o presidente da CNI, Ricardo Alban, a missão empresarial nos EUA incluirá discussão sobre data centers e minerais de terras raras como pontos centrais para o futuro da indústria brasileira. Além disso, a delegação levará propostas para a produção de combustível sintético de aviação (SAF), ampliação do uso do etanol e projetos ligados à transição energética.
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Segundo a CNI, os minerais de terras raras são vistos como estratégicos, já que podem posicionar o Brasil como fornecedor global de insumos críticos para baterias, semicondutores e tecnologias de ponta. A instalação de novos data centers no Brasil também será debatida, com a meta de atrair investimentos e reduzir custos de infraestrutura digital.
Quem participa e qual o impacto esperado
A missão empresarial nos EUA incluirá discussão sobre data centers e minerais de terras raras em uma série de reuniões com escritórios de advocacia, grupos de lobby, lideranças da US Chamber of Commerce e autoridades do governo americano. Embora os nomes ainda não tenham sido confirmados, a expectativa é de encontros com representantes do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR).
A programação prevê ainda plenária com empresários brasileiros e americanos, além da participação em audiência pública no USTR. A estratégia é sensibilizar Washington com propostas concretas de interesse mútuo, de forma a acelerar negociações e ampliar o número de produtos exportados com tarifas reduzidas.
Contexto econômico e política industrial
A missão empresarial nos EUA incluirá discussão sobre data centers e minerais de terras raras em meio ao pacote de medidas que tenta mitigar os efeitos do tarifaço. Segundo a CNI, as propostas apresentadas reforçam a necessidade de alinhar políticas industriais brasileiras a temas estratégicos globais.
A entidade defende que os R$ 9,5 bilhões fora do arcabouço fiscal sejam reinseridos na regra para fortalecer a credibilidade econômica. Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, que participou da construção da agenda, a rapidez na aprovação de medidas de compensação será decisiva para reduzir impactos sobre inflação e competitividade.
A importância dos minerais e da infraestrutura digital
Especialistas destacam que a missão empresarial nos EUA incluirá discussão sobre data centers e minerais de terras raras porque ambos os setores são considerados cruciais para o futuro da economia global. Enquanto os minerais podem garantir independência estratégica frente a países como China, os data centers são a base da digitalização e do crescimento da inteligência artificial.
Nesse cenário, o Brasil busca se apresentar como parceiro confiável, capaz de suprir demandas energéticas e minerais, ao mesmo tempo em que oferece ambiente favorável para infraestrutura tecnológica. Para a indústria, trata-se de uma chance de reposicionar o país no tabuleiro internacional.
A missão empresarial nos EUA incluirá discussão sobre data centers e minerais de terras raras em um momento em que o Brasil precisa equilibrar competitividade, diplomacia econômica e sustentabilidade. A expectativa é de que a agenda em Washington abra espaço para acordos de longo prazo e ajude a reduzir tensões comerciais.
Você acredita que essa missão pode de fato reposicionar o Brasil em setores estratégicos ou será apenas mais um gesto diplomático? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive esse impacto na prática.