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Ministro se manifesta novamente sobre preços dos combustíveis pela Petrobras: “Não está no controle do governo (…) é difícil para a população entender”

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 22/06/2022 às 07:20
Ministro se manifesta novamente sobre preços dos combustíveis pela Petrobras: "Não está no controle do governo (...) é difícil para a população entender" - Canva
Petrobras vive momentos tensos – Canva

O Senado já havia se manifestado contra o aumento de preços da Petrobras no ano passado, ao informar que investigações seriam realizadas para analisar a possibilidade de estarem utilizando o seu monopólio para abusar dos preços do consumidor. No entanto, nada foi feito a respeito.

O ministro Adolfo Sachsida, na última terça-feira,  21 de junho, se manifestou aos deputados ao afirmar, novamente, que não era possível interferir nos preços da Petrobras e dos combustíveis. De acordo com ele, o governo tem marcos legais que o impedem, mesmo que seja acionista prioritário, de determinar as tarifas a serem cobradas por uma empresa. 

O anúncio aconteceu em um contexto de renúncia do presidente da estatal depois de um novo aumento de preços, onde o valor do diesel subiu ao menos 14%. Agora, os caminhoneiros devem pagar ao menos R$ 6 no litro. A Petrobras anunciou o aumento de preços dos combustíveis durante a última sexta-feira, 17 de junho. A instituição teria anunciado que os valores que estava cobrando, até então, estavam defasados para o mercado externo e tinham permissão, desde o ano de 2016, para alterar sua tabela conforme as commodities. Além do monopólio da empresa, a guerra que acontece entre a Ucrânia e a Rússia ainda impacta o Brasil devido ao valor do brent, com alta acumulada de 55%, e isso impacta no bolso dos brasileiros. Durante a audiência pública, o ministro Sachsida afirmou que os preços são de responsabilidade da Petrobras e que, desta forma, o governo não pode interferir porque isso prejudicaria as ações da instituição que, durante a última terça-feira, teriam terminado o dia em queda de quase 2%. 

Sachsida diz que é difícil para a população entender os preços da Petrobras 

https://twitter.com/CecideSantos/status/1539311740864942080

Em suas falas, o ministro de Minas e Energias afirmou: “Não está no controle do governo (…) é difícil para a população entender”. Ao se dirigir para os deputados, ele deixou ainda mais claro que não era possível intervir ou realizar qualquer ação para tentar controlar os preços cobrados. O valor do diesel já está a mais de R$ 6, enquanto a gasolina chega a R$ 7 em ao menos 20 estados desde o ano passado. 

Reajuste devido a preços defasados 

A estatal informou na quinta-feira, 16 de junho, que o reajuste seria necessário porque os preços já estavam defasados em dois dígitos. Deste modo, a gasolina teve um novo aumento de 5% enquanto o diesel chegou a 14,2%. O presidente da empresa, em compensação, não ficou mais do que três meses no cargo depois que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), começou a fazer ameaças sobre a possibilidade de uma CPI que investigará os aumentos e contestava que a liderança da empresa não era legítima. 

Governo não pode interferir na Petrobras, mas pode diminuir impostos nos combustíveis

Em uma promoção realizada pela Havan, durante o começo do mês de junho, o empresário Luciano Hang decidiu vender a gasolina sem a cobrança de taxas de impostos. O valor que estava sendo negociado nas bombas era de R$ 5,00, mas o preço normal diário é de R$ 7,50 na cidade de Brusque. Tendo em vista a elevada carga de impostos, Jair Bolsonaro se pronunciou neste mês de modo a diminuir as cargas de tributos cobrados pelos estados e federação. Segundo o presidente da República, parte do dinheiro seria transferida aos governadores e não cobraria mais o ICMS sobre o combustível. A atitude visava controlar os preços, que sobem a cada trimestre. 

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