O estado do Mato Grosso do Sul possui a primeira maior reserva de manganês e a terceira de minério de ferro do Brasil, com grande potencial para aumentar sua exploração mineral com as novas mineradoras em 2022
Com a primeira maior reserva de manganês e a terceira de minério de ferro do Brasil, o estado do Mato Grosso do Sul deverá expandir sua exploração mineral no ano de 2022, tendo em vista que três mineradoras estão se instalando no estado. A 3A Mining 4B Mining estão no município de Corumbá e juntas produzirão 4 milhões de toneladas do mineral minério de ferro anualmente. A cadeia produtiva também aposta na melhoria da logística com o retorno do processo de licitação da ferrovia Malha Oeste.
As mineradoras que estão se instalando no Mato Grosso do Sul são a 3A Mining e a MPP/4B Mining em Ladário e Corumbá no Morro Tromba dos Macacos e no Morro do Rabicho. A outra mineradora é a São Francisco, de basalto, que produzirá pó de rocha na cidade de Inocência. Em conjunto, as mineradoras irão gerar mais de 300 vagas de emprego e mais rendas ao estado do Mato Grosso do Sul.
O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) informou que estão à procura de novos investidores e conversando com as empresas, que já tenham pesquisas aprovadas ou com portarias de lavras. Além disso estão acompanhando a questão da negociação da Vale e do player que venha a assumir o espaço que empresa ocupa hoje no Estado. O objetivo é de que este novo dono faça uma ampliação da produção dos minerais minério de ferro e manganês nos próximos anos.
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De acordo com Verruck, a 4B Mining já está extraindo minério de ferro. São duas mineradoras de minério de ferro e outra na parte de britagens de basalto para a indústria de Construção Civil e Agricultura, que são os chamados remineralizadores, ou o chamado Pó de Rocha.
Importância da mineração para o estado
Segundo o MaisMinas, o secretário também ressaltou a importância da Vale para a mineração do Mato Grosso do Sul e sua contribuição e modelo de empresa para a economia do estado, além de dizer sobre a esperança de que o novo investidor esteja também à altura de uma empresa do porte da Vale.
Verruck sinalizou que o novo player virá para fazer novos investimentos no Mato Grosso do Sul, além de dar continuidade a esse importante produto. O Mato Grosso do Sul é um estado minerador, e também é o sétimo estado em arrecadação de CFEM e que tem na sua base da economia a produção dos minerais minério de ferro, fosfato, granitos, minério de manganês, mármores, calcários e basaltos.
Por fim, o secretario confirmou que com a sinalização da própria concessão da Malha Oeste e o regime de autorização ferroviária e a volta da navegabilidade do Rio Paraguai a perspectiva é que haja um incremento na produção e na exportação de minério de ferro e manganês, além do envio para o mercado interno.
Desafios do setor mineral
O maior empasse do setor mineral é o financiamento de projetos no país, em destaque para as mineradoras de pequeno e médio porte. O Mato Grosso do Sul conta com o Fundo Constitucional do Centro Oeste- FCO, que tem o poder de financiar essas empresas.
Eduardo Pereira, secretário executivo da Cadeia Produtiva Mineral da Semagro, afirmou que podem através do FCO, liberar até 80%. Os projetos apresentados ao Mato Grosso do Sul, no geral, são de fundos nacionais, recursos próprios e bancos privados.
Pereira também explica que outros investimentos de minerais metálicos procuram mecanismos que permitam que o projeto minerário saia do papel e vire lavra mineraria, que são os de participação e captação em bolsa, e também de investimentos via fundos privados. O secretário executivo também afirma que outro modelo de financiamento que é muito usado são as vendas antecipadas de minério (streaming).