Minas Gerais recebeu novos investimentos milionários para instalação de sua nova usina termoquímica em Uberlândia. Além de gerar diversos empregos, a unidade promete transformar resíduos em energia limpa.
Na última semana, a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais anunciou investimentos no valor de R$ 27 milhões em Uberaba. O município foi pioneiro no desenvolvimento do Parque Tecnológico e de seu centro de inovação, mas está assistindo sua vizinha Uberlândia avançar ainda mais no setor de tecnologia com rapidez e sucesso. Para se ter uma noção, a Universidade Federal de Uberlândia começou as atividades para desenvolver o Parque Tecnológico do Campus Glória, onde será construída também uma Usina Termoquímica experimental, em escala semi industrial, que promete gerar dezenas de empregos.
Usina termoquímica contará com investimentos de R$ 10 milhões
As duas iniciativas são fruto da parceria com o Governo de Minas Gerais. O intuito é gerar uma nova matriz tecnológica e econômica, para o desenvolvimento de novas empresas, gerando empregos e renda para a população de Uberlândia e região.
Apenas no Parque Tecnológico serão investidos R$ 12 milhões. A construção da usina termoquímica terá parceria da iniciativa privada e de órgãos públicos, que farão o investimento de R$ 10 milhões. O objetivo é realizar a recuperação energética dos resíduos sólidos, gerando gás para energia renovável e limpa, livre de gases poluentes. A expectativa do Governo de Minas Gerais é que esta unidade seja um piloto para uma futura instalação em municípios mineiros de pequeno e médio porte, como alternativa para o problema do lixo urbano.
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O ex-ministro, Anderson Adauto, desembarcou ontem em Uberaba, entretanto, durante a semana o mesmo se movimentou em Brasília como um dos principais articuladores de reunião no Ministério de Minas e Energia para colocar frente a frente o ministro Alexandre Silveira e representantes de entidades ligadas ao gás natural.
Saiba como funcionará a usina termoquímica
A usina, que criará dezenas de novos empregos, terá linha para trituração de resíduos, um reator termoquímico para a produção de gás de síntese e um ciclo a vapor para a produção de energia, livre de gases poluentes e tóxicos.
Segundo o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais, Felipe Attie, a pesquisa servirá como base para a situação energética do estado, para resolver o problema de cidades pequenas, para que possam queimar seu lixo sem gerar poluição, evitando aterros, barateando o custo do lixo e gerando o gás que produzirá energia elétrica e térmica. A produção acontece por meio da trituração dos resíduos recebidos, principalmente, as cargas de cigarros apreendidas pela Receita Federal, que chegam perto de 60 toneladas anuais.
A usina termoquímica experimental, que visa gerar vários empregos, terá capacidade para processar até 300 kg/h de cigarros triturados, gerando eletricidade o suficiente para atender até 800 casas comuns.
Usina transformará cigarros apreendidos em energia limpa
Segundo o coordenador do projeto, Solidônio Carvalho, o objetivo da usina termoquímica é transformar a carga de cigarros apreendidos pela Receita Federal em eletricidade. O coordenador explica que o cigarro será apreendido, triturado e descaracterizado. Logo depois, será colocado no equipamento, um reator químico, capaz de gerar um gás combustível por meio do cigarro.
Vale destacar que o cigarro não será queimado, de forma alguma. O mesmo será transformado por meio de reações termoquímicas, sendo este o motivo do nome da usina, e com isso se transformará em um gás, que poderá ser aplicado em máquinas para fins de geração elétrica e térmica.
Carvalho destaca que em parceria com a UFU, o município mais uma vez ganhará destaque como uma cidade pioneira no tratamento de resíduos e que atenderá ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos do Ministério do Meio Ambiente, desenvolvendo respostas científicas para entraves de ordem técnica, tributária, econômica, jurídica e legal ligadas à instalação de usinas de gás no Brasil.