A Klabin investiu em uma nova fábrica no interior de São Paulo para produzir papelão ondulado, com o objetivo de acompanhar o aumento da demanda por embalagens no Brasil
A Klabin declarou nesta quarta-feira, 20, a construção de uma nova fábrica de papelão ondulado. O Projeto Figueira, nome dado ao novo projeto de produção de papelão da Klabin, será incluído num terreno que possui 950 mil metros quadrados na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo.
A capacidade de produção anual de papelão da nova fábrica da Klabin, em São Paulo, vai ser de 240 mil toneladas. A esperança é que a operação tenha início no segundo trimestre do ano de 2024. O investimento na nova fábrica de São Paulo é mais um avanço da Klabin no aumento de sua capacidade de produção de papelão ondulado, após a demanda pelo produto nos estados do Brasil, incluindo São Paulo. Na apresentação sobre o projeto, a Klabin declarou que a dimensão de papelão ondulado cresceu acima do PIB de 2016 a 2021, o setor expandiu 4,1% enquanto o PIB subiu 1%.
Conforme acredita a Klabin, o investimento feito na nova fábrica de produção de papelão em São Paulo, tem como objetivo conduzir o progresso de algumas indústrias no Brasil que possuem uma alta demanda por embalagem de papelão ondulado, como é o caso do setor de alimentos e e-commerce, em todos os estados no país, incluindo São Paulo.
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Considerando o projeto da nova fábrica de papelão de São Paulo e o investimento feito pela Klabin, a capacidade nominal de conversão de papelão ondulado da empresa será de cerca de 1,3 milhão de toneladas anualmente. As units da Klabin fecharam o pregão de quarta-feira, 20, com alta de 1,44%, a R$ 19,07. Elas acumulam uma queda de aproximadamente 25,7%, levando o valor de mercado da empresa a R$ 98,4 bilhões.
Papelão é um dos materiais mais reciclados no Brasil devido facilidade de coleta
O papel ondulado, chamado de papelão, é usado em caixas de embalagens para o transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e residências. O papelão ondulado é desenvolvido, em sua menor parte, por meio de fibras virgens de celulose, que são, por sua vez, alcançadas em fontes 100% renováveis de florestas de eucalipto e pinus, todas manejadas. Porém, estima-se que hoje em dia mais de 70% do papelão produzido no Brasil é originário de material reciclado.
A taxa de reciclagem do papelão no Brasil simboliza uma forte contribuição da indústria de papelão ao meio ambiente, visto que a maior parte da matéria-prima usada possui origem em processos de reciclagem de embalagens e acessórios de papelão descartados e recolhidos por empresas especialistas em reciclagem.
O procedimento de reciclagem é bem compreensível, as fábricas de papelão obtêm os materiais das cooperativas, depois do recebimento, este material é desassociado no hidrapulper, espécie de liquidificador que separa as fibras, trocando-as em uma mistura única. No caso do papelão, ao contrário do papel de escritório, não é necessário aplicar técnicas de limpeza fina, retirada de tintas e lavagens especiais.
Com as fibras de qualidade superior, é construída a capa de papel que é colocada na superfície externa da caixa de papelão, ao passo que as fibras de qualidade inferior são utilizadas na fabricação do forro.
Ao final do processo as embalagens de papelão são 100% recicláveis, biodegradáveis e causam baixo impacto ambiental em todos o seu ciclo de vida, que representa uma cadeia relativamente fechada na qual a embalagem utilizada é reciclada e novamente usada na fábrica de novas embalagens.