Arrendado pela Petrobras ainda em 2010, o estaleiro Inhaúma, localizado no bairro portuário do Caju, no Rio de Janeiro, está inativo desde o ano de 2016. A dúvida é se o empreendimento irá despertar interesse das empresas do segmento de logística offshore.
A Petrobras abre a licitação porque acredita que o estaleiro Inhaúma tenha um grande potencial para utilização de bases logísticas de empresas offshore. A área de 321.612 m² na área portuária fluminense possui 6 berços para atracação de embarcações de grande porte, áreas de armazenagem de equipamentos, oficina e ainda 2 cais e 2 diques (um seco e um molhado).
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O edital da licitação do estaleiro Inhaúma foi publicado no dia 8 de fevereiro e o acesso está disponível no Portal de Transparência da Petrobras. O prazo de locação das instalações e infraestruturas do estaleiro vai até agosto de 2031, sendo a licitação a ser disputada sob o critério de maior oferta.
Atualmente o estaleiro Inhaúma pertence à Companhia Brasileira de Diques (CBD), com valor de R$ 4 milhões mensais, conforme contrato com a Petrobras firmado no ano de 2010.
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As propostas dos possíveis interessados em alugar o estaleiro de Inhaúma devem ser entregues até o dia 4 de março. No entanto, o que se fala é que a Petrobras deve estender esse prazo.
A disponibilidade de aluguel do empreendimento por meio da licitação chamou a atenção do mercado portuário. Porém, a companhia não usa as instalações desde 2016, ano em que as obras de conversão da plataforma P-76 foram concluídas.
A Petrobras arrendou o estaleiro Inhaúma visando obras de conversão dos cascos dos quatro primeiros FPSOs (floating, production, storage and offloading – navios com capacidade para processar e armazenar petróleo, além da transferência do mesmo produto ou gás natural) da cessão onerosa (P-74, P-75, P-76 e P-77), junto a Odebrecht, OAS e UTC Engenharia.
Porém, apenas as obras da P-74 e P-76 foram realizadas, gerando mais de 5 mil empregos na época no Brasil, e os outros dois cascos no exterior, no estaleiro Cosco, na China, fazendo com que a Petrobras mudasse o projeto de estratégia.
Após seis anos sem atividade, aluguel do estaleiro Inhaúma seria um bom negócio?
Como dissemos acima, o estaleiro de Inhaúma está em desuso desde 2016. Por esse motivo, são muitas as dúvidas que envolvem as condições dos equipamentos e o estado das instalações que formam o empreendimento.
Por essa razão, existe a incerteza se o aluguel do estaleiro será de fato um bom negócio às empresas participantes que desejam ter acesso ao empreendimento.
O estaleiro Inhaúma é de origem japonesa. Inicialmente era chamado de Ischibras. O empreendimento teve seus momentos de glória até o setor naval afundar em desempregos, falta de projetos e escândalos de corrupção na Petrobras.