O Município de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, tem atraído investimento portuário para seu porto e área de Sudene. O governo municipal está trabalhando para modernizar a infraestrutura para atender às crescentes demandas por transporte, logística e serviços.
O Portocel, que antes era focado apenas em celulose, está ampliando suas atividades. Desse modo, a Imetame pretende inaugurar o seu terminal de cargas gerais entre o final de 2024 e o início de 2025. Com grande retroárea e águas profundas, a tendência é assumir protagonismo em pouco tempo.
Para melhorar o fluxo de pessoas e cargas na cidade, algumas medidas estão sendo tomadas. Uma delas é a duplicação do ramal da ferrovia Vitória-Minas, que liga a cidade à Barra do Riacho. O objetivo é dar mais fluidez ao trânsito para facilitar o transporte de passageiros e mercadorias. Contudo, o governo do Estado também está construindo um arco rodoviário entre Jacaraípe e Santa Cruz, com o objetivo de contornar o litoral e evitar aglomerações urbanas.
Com os investimentos em infraestrutura praticamente garantidos, Aracruz está pronta para se tornar um dos principais pólos logísticos do Nordeste brasileiro nos próximos anos. A cidade abrange uma série de incentivos fiscais oferecidos pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), além de linhas de crédito subsidiadas que chamam a atenção dos investidores em relação aos investimentos portuários.
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O município espera agora por uma mudança significativa na economia local com o crescimento desses investimentos portuários e rodoviários. Os empresários da logística também estão pressionando para que as rodovias e ferrovias que dão acesso a Aracruz sejam ampliadas e modernizadas. Uma via expressa duplicada permitiria que a Grande Vitória ficasse a apenas 1 hora do centro da área da Sudene, tornando a região Metropolitana mais atrativa economicamente.
Esses investimentos portuários vêm somando-se às iniciativas locais para tornar Aracruz um destino altamente competitivo no setor logístico nacional. Com uma infraestrutura moderna e atendendo às demandas locais, Aracruz terá condições reais de se tornar um dos principais pólos logísticos da Região Nordeste nos próximos anos.
A plataforma logística que o Espírito Santo necessita para sucesso
O governo brasileiro, liderado pela Ministra do Meio Ambiente Marina Silva e pelo Ministro da Agricultura Carlos Fávaro, tem como objetivo duplicar ou triplicar a produção agrícola brasileira em 20 anos, o que exigirá significativos investimentos portuários e rodoviários em infraestrutura e logística.
Para atingir esses objetivos, o governo vem trabalhando para melhorar e expandir as ferrovias existentes. O Programa de Autorizações Ferroviárias, criado recentemente, é uma medida importante nesse sentido. Por meio dele, empresas privadas podem propor, construir e operar trechos de ferrovias, além de ramais, pátios e terminais ferroviários.
Uma dessas autorizações foi a EF-352, que se conecta à Norte-Sul no Centro-Oeste passando pelo Espírito Santo e por Minas Gerais. Contudo, há outras medidas sendo tomadas para ampliar a capacidade dos portos existentes. Já foram concedidas diversas autorizações.
Essa expansão da logística permitiria não só o escoamento da produção agrícola para os portos do Nordeste e Sul do país como também a exportação de grãos para outros países. A princípio, os investimentos na infraestrutura geram oportunidades de emprego e um grande impulso à economia nacional.
No entanto, essa mudança também precisa contar com a força política necessária para viabilizar projetos financeiros realistas, além da captação de investimento portuário privados para financiar as obras. A Vale já está negociando com o governo para construir um trecho ligando a ferrovia Vitória-Minas a Ubu e estabelecer uma capacidade de carga que alimentaria o novo Porto da Imetame em Aracruz.
Hoje, quase toda produção agrícola brasileira segue por caminhões e hidrovias com transbordos sequenciais entre caminhões, barcaças, navios e portos fluviais. Se o plano do governo se concretizar com sucesso, ela terá um impacto direto nessa realidade limitante e abrirá caminho para uma plataforma logística moderna capaz de atender às demandas da agricultura brasileira nos próximos anos.