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INSS nega milhares de pedidos todos os meses — entenda os 5 erros mais frequentes que impedem o trabalhador de se aposentar, mesmo tendo direito

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/10/2025 às 09:51
INSS nega milhares de aposentadorias por erros simples. Entenda os 5 principais motivos e como evitar que o seu pedido seja indeferido
INSS nega milhares de aposentadorias por erros simples. Entenda os 5 principais motivos e como evitar que o seu pedido seja indeferido
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De contribuições incompletas a falhas no cadastro, conheça os principais motivos que levam o INSS a recusar pedidos de aposentadoria e saiba como evitar prejuízos futuros.

Muitos brasileiros enfrentam a frustração de ter o pedido de aposentadoria negado pelo INSS, mesmo acreditando que possuem todos os requisitos para obter o benefício. Na maioria das vezes, a negativa ocorre por falhas simples, que poderiam ser evitadas com atenção e preparo adequados. A seguir, são apresentados os cinco principais motivos que levam o INSS a indeferir pedidos de aposentadoria.

Falta de contribuição ou carência mínima

Um dos motivos mais recorrentes é a ausência de tempo mínimo de contribuição ou o não cumprimento da carência exigida. Muitas pessoas solicitam o benefício acreditando já ter direito, mas ainda não alcançaram o tempo necessário para se aposentar. Elas reúnem documentos como carteira de trabalho, RG e comprovante de endereço, sem perceber que ainda faltam meses ou anos de contribuição.

Carência é o número mínimo de contribuições mensais que o INSS exige para conceder determinados benefícios. Quando o trabalhador não cumpre esse requisito, o pedido é automaticamente negado. Por isso, é essencial confirmar se todas as exigências estão preenchidas antes de dar entrada no requerimento — incluindo idade e tempo de contribuição. Pedir o benefício antes da hora só gera atrasos e retrabalho.

Documentação incompleta ou incorreta

Outro erro comum é apresentar documentação inadequada. Isso acontece, por exemplo, quando o trabalhador rural busca aposentadoria e entrega papéis que não comprovam o exercício da atividade no campo. O mesmo ocorre com quem trabalhou em ambientes insalubres e tem direito à aposentadoria especial, mas não anexa laudos técnicos ou comprovantes que demonstrem exposição a agentes nocivos.

Quando a documentação é incorreta ou insuficiente, o INSS indefere o pedido. Mesmo que o segurado apresente os documentos corretos depois, o benefício não é retroativo à data inicial, o que faz o trabalhador perder meses de pagamento. Por isso, o ideal é reunir todos os comprovantes corretos antes de iniciar o processo.

Pendências e inconsistências no cadastro do INSS (CNIS)

O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) reúne todos os vínculos e contribuições previdenciárias do trabalhador. Porém, falhas nesse sistema estão entre as principais causas de negativa. Em muitos casos, as empresas não repassam corretamente as contribuições, e o INSS entende que o segurado não tem tempo suficiente para se aposentar.

É fundamental consultar o extrato do CNIS por meio do portal “Meu INSS” para verificar se todas as contribuições estão registradas. Quando há períodos ausentes, o sistema pode considerar que o trabalhador não contribuiu, mesmo que tenha atuado normalmente. Isso ocorre, por exemplo, quando a empresa desconta o valor da contribuição no salário, mas não repassa ao INSS.

Mesmo que o vínculo esteja anotado na carteira de trabalho, o benefício pode ser negado por falhas no sistema. Nesses casos, é possível apresentar recurso administrativo ou ingressar com ação judicial. A responsabilidade pelo repasse é da empresa, e o INSS deve reconhecer o tempo trabalhado mediante comprovação.

Falha na comprovação da qualidade de segurado

A qualidade de segurado é essencial para ter direito a qualquer benefício previdenciário. Ela significa que a pessoa está contribuindo ou dentro do período em que ainda mantém o direito, mesmo sem pagar. A falta dessa comprovação é um dos motivos mais frequentes para negativas, especialmente em pedidos de pensão por morte ou auxílio por incapacidade.

Se o segurado não comprova que estava em dia com o INSS na data do fato gerador — seja o óbito, a doença ou o pedido —, o benefício pode ser indeferido. Também é necessário provar vínculos familiares ou de união estável, conforme o tipo de benefício solicitado. A ausência de documentos adequados, ou a má interpretação deles pelo INSS, pode levar à negativa, mesmo que o direito exista.

Quando isso acontece, o caminho é apresentar recurso administrativo ou procurar a Justiça para corrigir a decisão. Ter documentos atualizados e comprobatórios é fundamental para garantir o reconhecimento da qualidade de segurado.

Erros na análise ou no procedimento do INSS

Além das falhas do segurado, muitos pedidos são negados por erros internos do próprio INSS. Estimativas indicam que grande parte dos pedidos de aposentadoria com tempo especial são indeferidos por falhas na análise dos servidores. Em muitos casos, os documentos apresentados não são avaliados corretamente, ou laudos médicos são interpretados de forma equivocada.

Também é comum que o órgão desconsidere informações relevantes, resultando em negativas injustas. Benefícios por incapacidade, por exemplo, costumam ser negados com base em perícias que concluem, de forma incorreta, que o trabalhador está apto ao trabalho. Nessas situações, o segurado pode recorrer administrativamente ou judicialmente.

O recurso administrativo deve ser apresentado dentro do prazo fixado pelo INSS e pode corrigir decisões equivocadas sem necessidade de processo judicial. No entanto, quando há erro grave ou insistência do órgão em negar o direito, a via judicial costuma ser a mais eficaz.

Como evitar o indeferimento do benefício

Para reduzir as chances de negativa, o trabalhador deve planejar a aposentadoria com antecedência. Isso inclui manter as contribuições em dia, guardar comprovantes de trabalho e verificar periodicamente o CNIS para identificar falhas no registro. Também é importante conferir o momento certo de dar entrada no pedido — antecipar o requerimento pode resultar em valores menores ou em indeferimento.

Ter atenção aos detalhes faz diferença. O trabalhador deve reunir todos os documentos exigidos, como carteiras de trabalho, contracheques, carnês de contribuição e laudos técnicos, conforme o tipo de aposentadoria solicitada. Em casos de dúvidas ou inconsistências, o ideal é buscar orientação profissional antes de protocolar o pedido.

Caminhos para quem teve o pedido negado

Quem teve o benefício negado pode apresentar um recurso administrativo diretamente ao INSS, solicitando nova análise. É essencial corrigir eventuais falhas na documentação e incluir provas que reforcem o direito. Caso o recurso também seja indeferido, o trabalhador ainda pode recorrer à Justiça.

O importante é agir dentro dos prazos legais e com base em documentos sólidos. A negativa não significa, necessariamente, que o segurado não tem direito à aposentadoria — muitas vezes, o problema está apenas na análise incorreta ou na falta de provas organizadas.

Garantir o acesso à aposentadoria depende de atenção, informação e preparo. Erros simples como falta de carência, documentação incompleta, falhas no CNIS, ausência de comprovação de segurado ou equívocos do próprio INSS podem atrasar ou impedir o reconhecimento de um direito legítimo. Com planejamento e verificação prévia, é possível evitar indeferimentos e assegurar um processo mais rápido e justo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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