O Hidrogênio verde está ganhando destaque no mercado e, sendo considerado o combustível do futuro, gerado por energias renováveis, este pode revolucionar diversas indústrias.
Para os veículos leves, a mudança para alternativas de energias renováveis está nos motores elétricos e nas baterias. Entretanto, existe uma extensa gama de atividades críticas para a descarbonização da economia às quais esse combo não se aplica. É o caso dos grandes aviões ou navios, que não podem pesar demais nem têm o luxo de paradas para a realizar o carregamento no meio do caminho, e indústrias pesadas, como a siderurgia, que depende da queima do carvão para a produção do aço. Sendo assim, um combustível do futuro está surgindo, podendo suprir todas essas demandas, se trata do hidrogênio verde.
Produção de hidrogênio verde
Existem várias formas diferentes de se obter este combustível do futuro, entretanto a mais promissora atualmente é a que utiliza apenas água e energias renováveis.
Os dois insumos são muito abundantes por aqui e fazem com que o Brasil seja um dos candidatos a liderar esse novo setor da indústria da energia. O hidrogênio, ou H₂, é o elemento mais abundante do universo, entretanto ele não é encontrado livre na natureza. É necessário alguns processos industriais para separar as moléculas de hidrogênio contidas em outras substâncias como a água ou o gás metano.
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Ganha a classificação de verde aquele que é produzido sem a emissão de gases causadores do efeito estufa. O mundo já consome grandes quantidades de hidrogênio, entretanto não é verde.
Atualmente, o principal desafio é refinar a tecnologia e expandir a escala para mitigar o custo de produção do combustível do futuro. O hidrogênio possui vários nomes e cores de acordo com as emissões associadas, como Hidrogênio cinza, que para cada quilo de hidrogênio são lançados entre 11 e 13 quilos de CO₂ na atmosfera, Hidrogênio Azul, Rosa, entre outros.
Energias renováveis e eletrolisadores
Os principais projetos em desenvolvimento de hidrogênio verde estão situados atualmente em regiões do planeta onde há um grande volume de irradiação solar ou fortes ventos para a geração de energias renováveis.
Na maioria das vezes, a produção do combustível do futuro será intermitente, de acordo com a disponibilidade de energia, entretanto alguns projetos consideram o uso de baterias para não haver interrupções.
O coração das usinas de hidrogênio são os eletrolisadores que apesar de ser uma tecnologia conhecida e dominada há um século, o interesse pelo hidrogênio verde está gerando uma corrida por eficiência. Algumas startups estão focando em componentes críticos dos eletrolisadores em relação a empresas tradicionais que estão entrando no negócio de olho no mercado nascente.
Funções do Hidrogênio Verde
Em teoria, os potenciais usos do combustível do futuro gerado a partir de energias renováveis são inúmeros e vão desde o aquecimento de edifícios às turbinas de jatos de passageiros. Entretanto, a produção em grande escala deve demorar um longo tempo.
A expectativa é que ele seja utilizado, a princípio, em setores e indústrias que emitem muitos gases de efeito estufa e cuja descarbonização é particularmente complicada. Um grande exemplo são os bilhões de toneladas de aço consumidos por ano, respondendo a 7% de todas as emissões de poluentes.
As grandes siderúrgicas do mundo estão criando processos que utilizam o hidrogênio verde, em vez do carvão para transformar o minério de ferro e produzir o famoso aço verde. Além disso, veículos como aviões e navios cargueiros apostam que o hidrogênio verde puro, na forma de amônia ou metanol, seja o caminho mais curto para a descarbonização.