O Grupo Moura, empresa que atua no mercado há 65 anos, anunciou investimentos milionários para construir sua fábrica que promete gerar centenas de novos empregos.
A fabricante brasileira de baterias, Grupo Moura, anunciou investimentos de R$ 600 milhões em sua nova fábrica, que será instalada em Belo Jardim (PE), com capacidade de 100 mil toneladas de reciclagem de chumbo por ano, material que será utilizado na produção de novas baterias moura. De acordo com o grupo, a nova fábrica terá capacidade para expandir ainda mais esse volume futuramente, dependendo da demanda do mercado. Além de novas baterias, a unidade promete gerar diversos empregos ao município.
Nova fábrica de baterias visa atender a alta demanda
Com faturamento de R$ 2 bilhões e vendas de 10 milhões de baterias no último ano, o Grupo Moura disponibiliza para montadoras, tendo metade de participação no setor, e também para o mercado de reposição. O Grupo possui sete fábricas que geram milhares de empregos, onde 6 estão localizadas no Brasil e outra na Argentina.
São cerca de 6 mil empregos gerados nessas unidades e atualmente, para cada nova bateria que a empresa vende, outra usada retorna à empresa, sendo totalmente reciclada em uma fábrica já existente do grupo.
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O objetivo da nova fábrica, além de gerar empregos, é suprir as demandas de crescimento. Segundo Flávio Bruno, diretor de metais e sustentabilidade da empresa, o material reciclado é essencial para o negócio do Grupo Moura, onde os metais usados no processo de produção, como o estanho e o chumbo, por exemplo, são nobres e possuem um peso importante nos custos da empresa. Por outro lado, também tem a vantagem de serem totalmente reaproveitados. O plástico das baterias também é reciclado pelo grupo.
Nova unidade começará a produção de baterias já em 2023
O começo das atividades da nova unidade está previsto para dezembro do próximo ano e de acordo com o executivo do Grupo Moura, o projeto possui flexibilidade para expandir ainda mais a sua capacidade, para até 140 mil toneladas, caso seja necessário.
A planta também atenderá as métricas de ESG, sigla em inglês utilizada para boas práticas ambientais, de governança e social, com toda a energia vinda de fontes renováveis.
Completando 65 anos de história no mercado, o Grupo Moura se movimenta focando na transição do setor automotivo. Para o futuro, Bruno afirma que a companhia está se preparando para o processo de eletrificação de frota de veículos, com estudos envolvendo inclusive hidrogênio.
Grupo Moura investe R$ 1,6 bilhões em Belo Jardim
Os investimentos de R$ 1,6 bilhão da empresa em Belo Jardim foram importantes para o desenvolvimento do único ICT brasileiro voltado exclusivamente para pesquisas ligadas à eletrificação veicular e ao armazenamento de energia, o Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura (ITEMM), grande parceiro tecnológico da Moura.
O ITEMM possui entre seus clientes instituições como a CEMIG, ENEL, CPFL, parcerias com grandes universidades brasileiras. Dentre os diversos projetos do ITEMM, o que ganha destaque é a eletrificação veicular no Brasil, que começou com o desenvolvimento do primeiro caminhão elétrico no Brasil e Posteriormente, com um livelab instalado no Instituto e que conta com o primeiro posto de carregamento de carros elétricos instalados em Belo Jardim, foi dado início aos testes de carregamento de carros elétricos de pequeno porte.
Outro projeto que o Grupo Moura possui é o Battery Energy Storage Systems (BESS), gerado no ITEMM que gera uma grande economia durante o uso no horário de pico, evitando a interrupção de energia fora do horário em que a produção de usinas eólicas e solares param, para que a empresa possa reciclar totalmente as baterias, garantindo um processo integrado e sustentável com os clientes.