GreenYellow escolhe Goiás para investimento bilionário em energia limpa. O estado contará com uma nova usina solar, que deve ficar pronta em 2024.
Goiás foi a grande escolhida para o primeiro teste com geração de energia solar em larga escala da GreenYellow. O teste compõe o processo de transição da Geração Distribuída, com sistemas locais em tetos solares ou terrenos, para a produção de grande porte para um número maior de clientes. A empresa da França ainda não confirmou os detalhes sobre a instalação da usina solar no estado, mas o empreendimento foi confirmado pelo presidente da GreenYellow no país, Marcelo Xavier, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
GreenYellow focará na autoprodução do mercado livre de energia
A multinacional foi fundada em 2007, sediada na cidade francesa de Saint Etienne, e atua na geração e distribuição de energia limpa no Brasil desde 2013. Segundo Xavier, visto que o mercado de energia solar no Brasil conta com um rápido desenvolvimento, a empresa está planejando a entrada, no curto prazo, no setor de geração centralizada. A companhia já conta com a outorga de mais de 140 MWp para usinas solares nessa modalidade.
Atualmente, a GreenYellow realiza o desenho dos novos modelos de negócio para, em seguida, começar a prospecção de potenciais clientes. O foco será em autoprodução no mercado livre de energia, onde os parceiros da companhia passam a deter uma participação acionária na produção do empreendimento, e soluções de geração local.
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Até este ano, a empresa focava no atendimento de projetos locais, na chamada Geração Distribuída no estado de Goiás, como nos projetos da Claro, em Goianésia, e do Assaí Atacadista, em Goiânia. O presidente da multinacional afirma que a empresa avança em relação ao terreno e investimentos internamente. Com a nova mudança na lei, a previsão é estar com a usina solar pronta até o fim de 2024. Xavier ressalta que este é o teste que fará no Brasil nesta nova estratégia da empresa com a usina que ficará em Goiás.
Mais de meio milhão de investimentos serão aplicados ainda este ano
Marcelo afirma que possui R$ 500 milhões estimados para serem investidos este ano. A usina solar terá uma parte dos investimentos em 2023 e outra parte no ano seguinte. A diversificação de atividades não é uma novidade na GreenYellow, que já conta com produção local de energia limpa nas cidades de Padre Bernardo, em Goiás, e Planaltina, no Distrito Federal. A francesa está abrindo novas frentes de negócio e, no último ano, anunciou a entrada nos mercados de armazenamento de energia e mobilidade elétrica.
Marcelo destaca que o objetivo, no entanto, continua sendo na energia solar, mas com a troca do seu acionista majoritário, a Ardian, a empresa pode ser requisitada a encontrar novos mercados.
GreenYellow entrega três usinas solares para a Claro
Em janeiro deste ano, mais três usinas solares fornecidas pela GreenYellow, com a capacidade instalada total de 14,2 MWp, passaram a integrar o programa “Energia da Claro”, iniciativa da empresa que prevê o uso de fontes de energia limpa e ações de proteção ao meio ambiente em todas as suas atividades e instalações no país.
As unidades de geração solar situadas nas cidades de Macaíba (4,46 MWp), no Rio Grande do Norte, e Ouro Verde (7,37 MWp) e Barra do Jacaré (2,36 MWp), no estado de São Paulo, compõem um contrato de longa duração entre a operadora e a multinacional francesa. Segundo Xavier, até o fim de 2022, a Green Yellow já havia entregado à Claro nove usinas, que reúnem 48 MWp, equivalentes à produção anual de 123,1 GWh.