Energia solar será taxada pelo Governo Federal em conjunto da Aneel
A energia solar se tornou assunto para o Governo Federal e Aneel na última semana. O governo está reagindo à possibilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mudar as regras para consumidores que têm, por exemplo, painéis solares em casa e correm risco de taxação. As alterações têm sido chamadas pelo próprio presidente de uma espécie de “taxação do Sol”.
Leia também
Aneel e Governo Federal preveem mudanças em resoluções de energia solar
Uma proposta de mudança pelo Governo Federal e Aneel na resolução de energia solar normativa 482 de 2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem gerado polêmica no setor produtivo. Isso porque o órgão quer retirar alguns benefícios de quem gerava a própria energia, alegando que há custos, diferente de quando a medida foi implantada.
-
Energia renovável em Minas Gerais ganha incentivo com nova medida tributária
-
Energias renováveis se tornarão a maior fonte de eletricidade do mundo até 2026
-
Eis o hidrogênio branco: “combustível do futuro” limpo, barato e abundante que especialistas dizem estar pronto para ser explorado
-
China alterou a rotação da Terra com uma de suas obras — e não aprendeu a lição: agora quer uma ainda maior e gera tensão geopolítica
Por outro lado, muitas empresas e produtores rurais que passaram a investir neste tipo de energia solar afirmam que a taxação gera insegurança jurídica, já que a Aneel prometeu previsibilidade por 25 anos e os investimentos foram de longo prazo.
A Aneel em entrevista para o site Gazeta do povo, afirma que tem motivos técnicos para propor a cobrança de taxas sobre a GD. A modalidade passou a ser permitida por meio de uma resolução da própria Aneel, publicada em 2012. Com ela, os brasileiros passaram a ter a possibilidade de gerar a sua própria energia elétrica, geralmente por fontes renováveis como o Sol.
Resolução atual de energia solar
Elaborada em 2012, a medida da agência diz que o consumidor ou produtor rural pode tanto consumir quanto injetar na rede de distribuição a energia elétrica produzida por ele.
Essa diferença entre o que ele consome e o que produz a mais se transforma em crédito e pode ser usado para o abatimento de uma ou mais contas de luz do mesmo titular.
Além disso, a proposta do Governo Federal oferece benefícios para incentivar a produção própria de energia elétrica, como a isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elétrica e também do pagamento de outras componentes da conta de energia.
A resolução completa pode ser acessada neste link.
Em contrapartida, esses incentivos oferecidos a quem produz energia própria são cobrados de todos os consumidores, inclusive dos usuários ‘comuns’ que recebem a energia somente da distribuidora.
Comentários fechados para esse artigo.
Mensagem exibida apenas para administradores.