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Governo decide retomar mineração de urânio para ampliar programa nuclear no Brasil

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 08/10/2019 às 01:00
Atualizado em 07/10/2019 às 20:09

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Governo Brasil usina nuclear urânio

O Brasil é dono da sétima maior reserva geológica de urânio do mundo. Fica atrás da Austrália, do Casaquistão, do Canadá, da Rússia, da África do Sul e da Nigéria.

No Brasil, o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, afirmou nesta segunda-feira, 7 de outubro, que o Governo pretende retomar a mineração de urânio em território nacional para ampliar o programa nuclear brasileiro, que inclui, ainda, a conclusão das obras em Angra 3 – também por meio de participação da iniciativa privada. Quatro grupos estrangeiros disputam Usina Angra 3 e modelagem servirá para oito novas usinas.

A ideia do governo federal é retomar as atividades na mina do Engenho, em Caetité (BA), até o fim de 2019. O Brasil é dono da 7ª maior reserva geológica de urânio do mundo e a mineração é feita principalmente em Caetité (BA)

O produto é matéria-prima para o combustível utilizado em usinas nucleares. Atualmente, a exploração será feita unicamente pela estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil), mas o governo estuda alternativas.

De acordo com a Constituição, a mineração de urânio é monopólio da União, e, por isso, o setor privado atuaria somente nas minas onde a presença do elemento é minoritária – como no caso de Santa Quitéria, no Ceará, em que há 90% de fosfato e 10% de urânio.]

Dessa forma, a exploração ainda seria feita pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), mas com a presença de agentes privados.

Para o ministro, porém, é possível avançar. Ele defende a quebra do monopólio da União na exploração de urânio e até a exploração de usinas nucleares pelo setor privado.

Para isso, no entanto, seria preciso aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no Congresso – com apoio de três quintos dos deputados e senadores, em dois turnos de votação em cada casa legislativa.

“Segurança existe. Operamos usinas nucleares há mais de 40 anos. Não existe problema com o setor privado. Qual a diferença do setor privado e do setor estatal? Nenhuma, desde que se tenha condições de controlar e fiscalizar. Essa discussão é coisa do passado e, se for hoje para o Congresso, não vai haver esse tipo de resistência. Essa é a minha opinião pessoal, até pelo convívio que tenho com o Congresso e diversos parlamentares”, disse.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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