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General Motors pulveriza carros elétricos baratos na China; custando dez vezes menos, o Mini EV faz a montadora americana Tesla tremer

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 10/06/2021 às 08:27
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Fábrica da General Motors China / Fonte: reprodução Google

General Motors fez o carro certo, pelo preço certo, com alcance suficiente, no lugar certo, na hora certa. O minúsculo elétrico custa dez vezes menos que o modelo americano e faz Tesla tremer

A joint venture Shanghai-GM, que fabrica e vende automóveis das marcas Chevrolet, Buick e Cadillac na China Continental, tem um sucesso absoluto em suas mãos, com o Mini se tornando o EV mais vendido na China, devido, majoritariamente, ao preço inicial de cerca de US $ 4.500. O minúsculo carro elétrico foi uma aposta ousada da General Motors para um nicho de mercado estranho, em que coisas que copiam a identidade de produtos famosos ganham notoriedade pela clonagem explícita, como é o caso recém anunciado pelo Click Petróleo e Gás, em que uma montadora chinesa clonou a icônica Kombi da Volkswagen, logo após fabricar descaradamente uma cópia elétrica do Fusca.

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Há muito mais no charme e sucesso deste carro, que oferece exatamente o que os consumidores querem e nada que não querem. Em apenas alguns meses, o Wuling Hong Guang Mini EV, revelado pela General Motors na China, em agosto de 2020, tornou-se um dos veículos elétricos mais vendidos no país. O carro pequeno alcançou tanta popularidade que é comparado como igual ao Tesla Model 3.

No caso do Mini EV, a proposta era de um mini carro urbano despretensioso e com preço bem baixo, como esse segmento adota. Os US$ 4.500 (R$ 22.710, dez vezes menos que o produto da Tesla) enaltecidos pela imprensa global não são nada perto do que há por lá, mas o Hong Guang tem um diferencial.

GM simplesmente viu 270.000 unidades serem vendidas em apenas nove meses. Com sede em Liuzhou, a Wuling está botando as mangas de fora com outros produtos que serão de alcance global e o Mini EV se aproveita disso também.

Confira o estranho e minúsculo carro da General Motors que ganhou o coração dos chineses

O Mini EV faz tanto sucesso na China que a General Motors quer comercializá-lo na Europa

Com a Shanghai-GM por trás, o Mini EV significa que não é um clone sem qualidade, feito por uma montadora rústica do interior da China, mas sim um player pronto até para ir além das fronteiras do país.

A ambição da divisão chinesa é atingir 1,2 milhão de unidades vendidas em 2022! Isso é quase como todas as montadoras de elétricos do país em 2020.

Com vendas 100% online, a marca chinesa fala diretamente com os clientes, ouvindo os consumidores e fabrica o que eles querem, como a versão Macaron (cores alusivas a frutas e doces), enquanto oferece 20 cores e um monte de adesivos para personalização, inexistente nas marcas tradicionais.

Tal é o entusiasmo que a SAIC e a General Motors têm pelo seu sucesso que querem comercializá-lo na Europa. Para isso, eles já estão em negociações com uma empresa na Letônia para alcançar custos competitivos de fabricação.

Indo nesse caminho, o Mini EV é um sério candidato a carro elétrico mais vendido do mundo, que custa dez vezes menos que o modelo americano, o que faz Tesla tremer.

Veja ainda: após interromper produção de veículos e largar o país, Ford Motor vai vender fábrica da Troller esse mês e 470 funcionários podem ficar desempregados no Ceará

Após deixar de fabricar veículos e fechar suas fábricas no Brasil, a montadora Ford Motor deverá vender a fábrica da Troller em Horizonte (CE) até o fim de junho, segundo informou o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Maia Júnior. Em entrevista à rádio CBN, Maia confirmou que um grupo do setor de engenharia automotiva mostrou interesse em adquirir a planta.

O Governo do Estado do Ceará está atuando como intermediário na negociação, e prometeu incentivos fiscais à empresa que adquirir o complexo da Ford, principalmente se focar em energias limpas. “Nossa prioridade é a manutenção dos empregos”, disse Maia à CBN.

A fábrica da Troller no Ceará gera 470 vagas de emprego diretas e os funcionários correm risco de serem demitidos, como aconteceu com o fechamento da fábrica da Ford em Camaçari (BA), que deixou mais de cinco mil pessoas desempregadas. “Queremos que o futuro comprador venha com avanços na indústria automotiva que não fiquem restritos à produção”, afirma o secretário.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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