Anuário do Firjan aponta que serão aplicados R$ 50 bilhões em investimentos no setor de petróleo e gás do RJ, gerando mais de 60 mil oportunidades de emprego. Além disso, ainda há possibilidades de serem utilizadas fontes renováveis
A sexta edição do Anuário do Petróleo no Rio projeta R$ 50 bilhões de investimentos no setor de petróleo e gás do RJ nos próximos três anos, podendo gerar mais de 60 mil oportunidades de emprego. O documento é feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e mostra um desenvolvimento no segmento após um ano de queda nas atividades ligadas ao setor de petróleo e gás devido a pandemia. A participação do RJ na produção continua subindo e chega a marca de 80% do total brasileiro.
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Brasil poderá estar entre os cinco maiores exportadores de petróleo e gás do mundo
No mês de abril, o RJ conseguiu atingir a marca de 2,97 milhões de barris de petróleo por dia, algo bem próximo dos 3,16 milhões registrados no início de julho. Vale ressaltar que de acordo com o estudo do Firjan, a expectativa é que esse número cresça ainda mais este ano, principalmente com o começo das operações do FPSO, ainda esse mês, no campo de Sépia.
Além de várias oportunidades de emprego a estrutura produzirá mais de 180 mil barris por dia. De acordo expectativas da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), o país sairá da produção de três milhões de barris de petróleo por dia para os 5,3 milhões, havendo a possibilidade que 3,4 milhões desses sejam exportados, também diariamente. Caso essas projeções se tornem reais, o país poderá se tornar um dos maiores exportadores de Petróleo e gás natural do mundo, fora do ambiente da Opep.
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Coordenador afirma que há perspectiva de ações que combinem energias renováveis
O valor de investimentos projetados pela Firjan para o setor de petróleo e gás no RJ animaram o coordenador da Divisão de Conteúdo Estratégico da Gerência de Petróleo e Gás Naval, Thiago Valejo, que destaca ainda a possibilidade de investimentos que utilizem fontes energéticas diferentes, que além de ampliar as oportunidades de emprego também contribuirão com os esforços globais para a instalação da agenda ESG.
Documentos da Firjan também ressaltam o aspecto complementar das matrizes e que a criação de novas fontes não eliminou o uso de outras, como o carvão, que continua sendo utilizado. Valejo destaca que esse valor divulgado pela Firjan para o RJ, é uma projeção que é feita com base em investimentos que foram anunciados. O Brasil já possui uma matriz desigual aos outros países, sendo assim, é essencial olhar as regionalidades.
O coordenador também afirma que o RJ possui diversas fontes, que vai desde a nuclear a eólica, por isso é bastante falado o conceito de integração energética. O setor de petróleo e gás natural são precisos para fazerem parte desse mix.
Energia eólica offshore poderá fazer parte da projeção da Firjan
Uma das opções apontadas como uso complementar é a utilização da energia eólica offshore, que impulsionará a revitalização de campos maduros de petróleo, como os da Bacia de Campos, no norte do RJ.
O anuário da Firjan também destaca a perspectiva da conclusão do gasoduto Rota 3, previsto para o próximo ano, que além de gerar diversas oportunidades de emprego, também criará à Unidade de Tratamento de Gás Natural (UTGN), em Itaboraí.