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Explicando o 3I/Atlas: como a velocidade de 57 km/s do cometa garantiu sua fuga e expôs os limites da gravidade da nossa estrela no atual mistério interestelar

Escrito por Carla Teles
Publicado em 03/11/2025 às 22:23
Explicando o 3I/Atlas: como a velocidade de 57 km/s do cometa garantiu sua fuga e expôs os limites da gravidade da nossa estrela no atual mistério interestelar
Por que o Sol não captura o 3I/Atlas? Entenda como a velocidade de 57 km/s do cometa interestelar é tão extrema que nem a gravidade da nossa estrela pode pará-lo. Imagem: IA
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O visitante interestelar 3I/Atlas viaja a 57 km/s, uma velocidade tão extrema que, segundo o Fatos Desconhecidos, o máximo que nossa estrela pode fazer é desviar sua rota.

A gravidade do Sol é colossal. Com uma força cerca de 28 vezes maior que a da Terra, ela é capaz de atrair objetos localizados a impressionantes 3,8 anos-luz de distância. Mesmo assim, essa força se mostra insuficiente para capturar o misterioso 3I/Atlas, um visitante vindo de outro sistema solar.

Conforme detalhado pelo portal Fatos Desconhecidos, a chave para entender esse fenômeno está na velocidade. O 3I/Atlas, assim como outros “viajantes” interestelares, chega ao nosso sistema em um ritmo tão acelerado que a atração solar atua apenas como um “estilingue gravitacional”, alterando ligeiramente sua rota antes que ele siga sua jornada eterna pelo cosmos.

Visitantes em velocidade extrema

Quando os astrônomos se referem a objetos interestelares, como o 3I/Atlas ou o famoso ‘Oumuamua, eles descrevem corpos que vêm de muito além do nosso sistema solar. Acredita-se que esses objetos orbitavam suas próprias estrelas-mãe, assim como a Terra orbita o Sol, até que algum evento cataclísmico, cuja natureza exata ainda é desconhecida, os expulsou de seu lar.

O que se sabe com certeza é que eles vagam pelo universo a velocidades impressionantes. O ‘Oumuamua, o primeiro do tipo a ser detectado, viajava a 26 km/s; o segundo, Borisov, atingiu 33 km/s. O 3I/Atlas, no entanto, supera ambos, com incríveis 57 km/s. É exatamente essa velocidade que explica sua fuga: eles são simplesmente rápidos demais para que a gravidade do Sol consiga prendê-los em uma órbita.

O mistério do ‘Oumuamua: Gás ou nave alienígena?

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Embora a regra seja o Sol apenas desviar esses objetos, o caso do ‘Oumuamua, em 2017, permanece como uma das maiores anomalias astronômicas recentes. Ao passar próximo à nossa estrela, ele não apenas teve sua rota desviada, mas acelerou de forma inexplicável. A gravidade solar sozinha não justificava esse “empurrão” extra.

A explicação mais aceita atualmente pela comunidade científica, conforme apurado pelo Fatos Desconhecidos, é a degasificação. A teoria sugere que o calor intenso do Sol fez o ‘Oumuamua liberar gás de hidrogênio que estava preso em seu interior. Essa liberação de gás teria atuado como um propulsor natural, dando-lhe o impulso extra e mudando sua trajetória da forma que foi observada.

Contudo, nem todos no meio científico aceitam essa explicação. O renomado cientista Avi Loeb, famoso por suas pesquisas sobre vida extraterrestre, segue afirmando que o ‘Oumuamua era, na verdade, um objeto artificial. Ele propôs a hipótese de que o objeto seria uma espécie de “vela de luz” tecnológica, projetada por outra civilização, que acelerou usando a pressão da radiação solar. Embora seja uma hipótese forte, ela carece, assim como as outras, de comprovação definitiva.

E se o 3I/Atlas colidisse com o Sol?

Sabemos que o 3I/Atlas é rápido demais para ser capturado. Mas, o que aconteceria se, por um acaso, sua rota fosse de colisão direta com o Sol? O Fatos Desconhecidos traz uma resposta que pode ser um alívio para muitos: absolutamente nada que pudéssemos perceber daqui da Terra.

A física por trás desse cenário é extrema. Se o 3I/Atlas estivesse vindo em direção ao Sol, ele ganharia uma aceleração absurda em sua aproximação, passando facilmente dos 600 km/s. Além da velocidade, sua temperatura também aumentaria drasticamente. Muito antes que o objeto pudesse sequer “tocar” a superfície solar, ele atingiria milhões de graus.

Nesse ponto, mesmo que tivesse vários quilômetros de diâmetro, o cometa simplesmente evaporaria e desapareceria no cosmos. É crucial lembrar que o Sol converte cerca de 4 milhões de toneladas de massa em energia a cada segundo. Um visitante interestelar, por maior que fosse, seria insignificante diante dessa fornalha nuclear.

A trajetória do 3I/Atlas é um exemplo claro de como o universo opera em escalas de velocidade e energia que desafiam nossa intuição. O Sol é poderoso, mas não o suficiente para prender um viajante que já chega em velocidade de escape.

O Fatos Desconhecidos levanta um ponto interessante: para alguns cientistas e teóricos, a trajetória desses visitantes não é aleatória, mas sim “cuidadosamente calculada”.

E você, o que pensa sobre esses misteriosos objetos? Acredita na explicação científica da liberação de gás para o ‘Oumuamua, ou a hipótese de Avi Loeb sobre tecnologia alienígena faz mais sentido? Deixe sua opinião nos comentários.

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Carla Teles

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