Segundo Viga, apenas nos EUA foram anunciados investimentos no valor de US$ 400 bilhões em hidrogênio verde, energia solar e eólica. Os estadunidenses já viram que esse novo segmento é extremamente promissor e desejam liderar o mundo nesse mercado.
O gerente da Fortscue ainda alertou que a energia eólica vem para adicionar e o governo nacional deve ficar atento e aplicar novos investimentos para começar a dar os primeiros passos na produção de hidrogênio verde no Brasil.
— ARTIGO CONTINUA ABAIXO —
Segundo o executivo, há três anos sua empresa começou a focar no hidrogênio verde e realizou uma jornada pelo mundo em relação aos potenciais recursos para a produção do combustível. Nessa jornada a empresa encontrou oportunidades em 100 projetos no mundo.
A Fortescue vê com bons olhos o futuro do offshore e o potencial energético que ela possui. Segundo Viga nesta última quinta-feira (20), durante o painel do Brazil Windpower, o Brasil conta com ótimas condições em termos de recursos energéticos, com a fonte de energia eólica e solar a preços competitivos.
Mais de 30 países, incluindo os EUA, já anunciaram suas estratégias para o combustível do futuro
Segundo Natália Castilhos Rypl, analista da BloombergNEF, destacou que cerca de 35 países, incluindo os EUA, já lançaram suas estratégias para o hidrogênio. Na América Latina, o Chile foi o pioneiro, tendo em vista que a região possui um grande potencial, pois possui custos de produção mais baixos.
Diante deste cenário, a América Latina, uma demanda geral a longo prazo, planeja exportar o hidrogênio para outros países como Europa e aqueles que não possuem condições de produzir e que consumiram o hidrogênio verde.
Os países da América Latina estão focando na Europa como os principais consumidores. A analista declarou que, devido à necessidade, alguns setores terão uma maior facilidade de adotar o consumo do combustível, como os que utilizam o hidrogênio cinza, por questão de substituição. Entre eles está o refino de petróleo, produção de amônia e alguns setores com grande potencial de consumo como o aço e o alumínio.
Natália destaca que, a energia eólica offshore no Brasil deve crescer cerca de 10 vezes até 2035 e outros países começarão a entrar neste mercado. Em 2027 os EUA deve ser um mercado essencial, sendo o terceiro maior mercado de eólica offshore no mundo em 2035, atrás do Reino Unido e China.
Projetos de hidrogênio verde no Brasil
No Brasil, algumas usinas de energia eólica offshore estão situadas próximas a portos que organizam projetos de Hidrogênio Verde. O intuito é juntar as duas tecnologias, entretanto é necessário quatro fatores para gerar hidrogênio a partir da eólica offshore: recursos naturais, disponibilidade de terras, segurança energética e a proximidade da produção de hidrogênio com o consumo.
De acordo com Mauro Andrade, diretor-executivo de desenvolvimento de negócios da Prumo Logística, afirmou que o intuito é industrializar o Porto do Açu com energia renovável e que já existem acordos para o desenvolvimento de pequenas escalas de hidrogênio e outras parcerias já estão no foco da empresa.