Etanol pode ser a salvação da indústria automotiva enquanto os carros elétricos não chegam no Brasil
O Brasil é o único fabricante de carros que rodam com etanol e as montadoras, junto com produtores do combustível, apostam na ampliação do seu uso e até mesmo que o produto terá papel importante nos carros elétricos do futuro e na indústria automotiva.
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Tecnologia SOFC ainda é opção à carros elétricos no Brasil
A mudança para os carros elétricos está acelerada na Europa e China, mas os EUA também iniciaram sua corrida pelo carro elétrico. No Japão, porém, ainda existe certa resistência aos carros movidos com 100% de energia.
Lançado em 2016, o programa de pesquisa da Nissan ainda hoje não está viável e, espera-se, que pelo menos entre em serviço nos próximos cinco anos. Com 30 litros de etanol, uma van e-NV200 pode rodar 600 km.
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Fazendo 20 km/l, ela não necessita dos dispendiosos abastecedores de hidrogênio, que necessitam de infraestrutura complexa, cara e perigosa. Basta apenas parar num posto de combustível e completar. Com processo resultando em água, o SOFC garante emissão zero com uma bateria de 24 kWh.
Brasil na vanguarda de combustíveis limpos e renováveis
Em se tratando de combustíveis limpos e renováveis, o Brasil leva uma grande vantagem, pois é o maior produtor mundial de etanol a partir da cana-de-açúcar – foram 27,9 bilhões de litros na Safra 2017/2018. Essa é uma matriz energética disponível, renovável, sustentável e limpa.
“Mesmo os híbridos movidos a células de combustível podem usar o etanol em substituição ao hidrogênio para gerar eletricidade”, explica a doutoranda no MIT Portugal e Pesquisadora Associada na FGV Energia, Tatiana Bruce.
O Brasil conta, ainda, com 30 milhões de veículos flex em circulação, que rodam com etanol ou gasolina, o que corresponde a 70% do total da frota de 43 milhões de carros e veículos comerciais leves, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Desde 2003, ano da introdução da tecnologia flex no Brasil, o uso do etanol proporcionou uma redução de 500 milhões de toneladas de CO2 que deixaram de ser jogados na atmosfera, até setembro deste ano, o que revela uma enorme contribuição para a qualidade do ar e a redução do aquecimento global, segundo dados divulgados pela UNICA – União da Indústria da Cana-de-açúcar.