Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) ganha patente de processo que transforma casca de coco em etanol. A descoberta pode revolucionar a energia renovável no mundo
Processo “inovador” e “altamente sustentável” na área de biotecnologia, criado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), transforma casca de coco em etanol e pode revolucionar o mundo da energia renovável! A nova e sétima patente da Ufes foi concedida no dia 29 de abril, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
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A transformação de casca de coco verde em etanol foi desenvolvido pelo Laboratório de Biotecnologia Aplicada ao Agronegócio, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Ufes. Participaram da iniciativa a estudante de doutorado Érica Albuquerque e os professores Antônio Alberto Fernandes e Patrícia Fernandes.
Segundo o professor Fernandes, “O processo utiliza-se de enzimas celulases sob alta pressão hidrostática e temperatura moderada para atividade celulásica como parte do processo de sacarificação para a produção do bioetanol celulósico. O método pode ser utilizado na indústria de biocombustíveis, que utiliza a hidrólise enzimática como parte do processo de sacarificação para a produção de etanol”.
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“O processo é uma alternativa economicamente viável na busca por fontes alternativas de etanol. Além disso, proporciona o aproveitamento e a eliminação de resíduos gerados pela atividade agroindustrial”, indica a universidade por meio de nota.
Em entrevista a Rádio CBN Vitória, o professor Antônio Alberto destacou que a patente usa um material muito presente em praia do Espírito Santo que, segundo ele, chega a produzir 500 toneladas de casca por mês!
Mistura de hidrogênio ao etanol promete revolucionar rendimento e reduzir o consumo de combustível nos motores flex
Outra grande pesquisa brasileira foi aprovada recentemente! O projeto aprovado visa melhorar a eficiência energética de motores flex, utilizando a técnica de enriquecimento de hidrogênio, extraído por reforma catalítica dentro do veículo. A tecnologia combina o etanol e o hidrogênio para melhorar o rendimento do motor e reduzir a emissão de poluentes.
O acordo de Parceria assinado entre o Centro Universitário FEI e o Programa Prioritário do Governo Federal Rota 2030, a meta é estimular o desenvolvimento tecnológico e aumentar a competitividade da indústria nacional de veículos.
“A mistura etanol-hidrogênio tem a vantagem de poder ser aplicada diretamente no motor sem grandes modificações estruturais. Além de atender uma demanda da indústria automobilística brasileira, o projeto tem o potencial de mobilizar diversos setores produtivos, dentre eles os setores químico, petroquímico e de materiais, favorecendo o desenvolvimento de tecnologias nacionais, a expansão do mercado e a exploração de novas aplicações industriais”, explica o professor Ricardo Belchior Torres, coordenador geral do programa e do curso de engenharia química da FEI.
O projeto terá um investimento de R$ 3 milhões da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), e cerca de R$ 2,4 milhões de contrapartida econômica do setor privado e das ICTs (Instituições de Ciência e Tecnologia) participantes.
Raízen, do Grupo Shell, quer construir três usinas produtoras de etanol feito com bagaço e palha de cana
Raízen, a gigante global produtora de etanol em com a Shell, pretende construir mais três usinas de etanol celulósico — ou de segunda geração. A boa notícia foi anunciada pelo empresário Rubens Ometto, da Cosan, na última segunda (15/03)
A tecnologia para a produção de etanol celulósico surgiu a partir de uma parceria entre a Shell e a canadense logen, especializada em biotecnologia. Na safra passada (2019/20), a unidade de Piracicaba produziu 226 litros de etanol para cada tonelada de biomassa seca.