A chegada dos carros elétricos no Brasil pode ameaçar o mercado dos combustíveis, mas o etanol não está com os dias contados, muito pelo contrário!
Gasolina, diesel, etanol e biodiesel têm sido colocados contra a parede com os carros elétricos chegando ao mercado brasileiro. Apesar de pressionados, na avaliação do Santander Brasil, o etanol não não está com os dias contados, muito pelo contrário. Mas por quê?
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Segundo um relatório obtido pelo Money Times, o consumo de biocombustíveis deve se manter sólido, mesmo com a penetração dos veículos elétricos (VEs) no País.
O tempo explica boa parte da análise elaborada pelo Santander, após conversar com a equipe da Energia da Bain & Company sobre as perspectivas do etanol e o impacto potencial com veículos elétricos adentrado o mercado brasileiro.
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“O número de carros elétricos só deve começar a crescer mais significativamente em 2030 em diante, devido à alta penetração do etanol e à limitação potencial para subsídios do governo brasileiro aos veículos elétricos”, é o primeiro motivo identificado pelos analistas setoriais Christian Audi e Rodrigo Almeida, que assinam o relatório.
RenovaBio deve continuar incentivando a produção de beiocombustíveis
Além disso, o Santander explica que o RenovaBio deve continuar incentivando a produção de biocombustíveis — principalmente pelo incentivo econômico aos produtores –, mantendo o etanol vivo e competitivo no jogo.
Outro fator nao menos importante, é que a demanda por biocombustíveis também deve continuar a aumentar globalmente devido às metas agressivas de mistura, os analistas citam, por exemplo, a recente mudança da Índia para lançar o E20 até 2023.
De acordo com um estudo liderado por um influente executivo do setor de açúcar & etanol, o Brasil está prestes a inundar o mercado mundial de açúcar porque a transição do país para veículos elétricos reduzirá a demanda por biocombustíveis de base agrícola.
A demanda por etanol, que em alguns anos corresponde a mais de 50% de toda a cana-de-açúcar moída no Brasil, pode começar a diminuir a partir de 2025 e recuar cerca de 40% até 2035, de acordo com o cenário mais pessimista traçado pelo estudo.
Preço da gasolina volta a disparar, etanol confirma alta expressiva na usina, GNV bate recorde de R$ 5 nos postos de combustíveis e o consumidor não tem para onde correr
Pesquisa realizada entre os dias 30 de maio e 5 de junho, pela a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), mostram que o preço dos combustíveis voltou a sofrer alta no Brasil e o consumidor não tem para onde correr. O preço da gasolina comum bateu R$5,89 e a aditivada chegou a R$6,29. Já o preço do etanol tem alta expressiva na usina e paridade com a gasolina passou dos 70%, sem contar o GNV, o combustível amplamente usado por motoristas de aplicativos e de táxi superou a marca de R$ 5,00 por metro cúbico, um recorde!
Para se ter uma ideia, sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins, o preço litro do etanol hidratado fechou a semana em R$ 2,9983 nas usinas e destilarias paulistas, um expressivo disparate de 4,17%.
O biocombustível mais vendido no Brasil perdeu a competitividade, sob a paridade com o preço da gasolina passando dos 70%, a depender do ritmo de repasse das distribuidoras aos postos, além dos 2,14% que variou a majoração nas bases de Paulínia também nesta semana.
Nos dados levantados pelo Cepea, nos cinco dias úteis imediatamente anteriores (24 a 28), o valor era deo etanil chegou a R$ 2,8783 nas usinas.
A safra de produção mais lenta de etanol, com queda da disponibilidade de cana, e tiragem pouco mais açucareira ante os preços internacionais mais favoráveis, determinam a lei de oferta ante demanda mais firme.
Além disso, o preço do petróleo também influenciou na alta do preço do etanol. No dia 04 de junho, o barril em Londres fechou acima de US$ 71,60, mas o dólar em sequência de recuo (R$ 5,04, menos 0,95%, também na sexta) está proporcionando fôlego à Petrobras na majoração da gasolina, aumentando a paridade entre os combustíveis.
Preço da gasolina, etanol, diesel e GNV não param de subir e o mais novo combustível biogás veio para ´salvar` motoristas de aplicativo, taxistas e trabalhadores
A cada dia que passa, aumenta o preço da gasolina, etanol e diesel,e, com isso, os brasileiros que trabalham com transporte de passageiros, como taxistas e motoristas de aplicativos, que recorriam ao Gás Natural Veicular (GNV), estão migrando para o combustível biogás, uma vez que o GNV também está começando a pesar no bolso. O biogás pode ser usado sem problemas nos veículos que têm kit-gás.
A Petrobras fez um novo reajuste no preço do GNV, aumentando 39% para as distribuidoras. Segundo o levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última semana de maio, o preço do gás veicular ao consumidor final, já chegava a R$ 5,00 em alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro. Diante disso, apesar de não se uma solução nova, o biogás tem se popularizado por render mais e ser mais barato.