Em uma iniciativa inédita, Mato Grosso do Sul está prestes a inaugurar a primeira ferrovia shortline do Brasil, conectando o Projeto Sucuriú da Arauco à Malha Oeste. Com um investimento de US$ 4,6 bilhões, o projeto promete revolucionar o transporte de cargas e alavancar a economia regional, posicionando o estado na vanguarda da logística nacional.
No coração do Brasil, onde vastas extensões de terra encontram oportunidades de desenvolvimento, uma iniciativa ferroviária promete transformar a logística e a economia regional.
Embora os detalhes ainda estejam em fase de definição, as expectativas são altas para um projeto que poderá redefinir o transporte de cargas no país.
O governo de Mato Grosso do Sul, em parceria com o Ministério dos Transportes, está avançando nos planos para a construção de um trecho ferroviário de 47 quilômetros que ligará o Projeto Sucuriú, da empresa Arauco, à Malha Oeste.
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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está analisando o pedido de autorização, e a previsão é que a aprovação oficial ocorra até o final de março.
A Arauco planeja iniciar as obras em setembro deste ano, com um investimento estimado em US$ 4,6 bilhões.
Este projeto visa facilitar a exportação de celulose, conectando a produção local aos principais mercados internacionais.
A primeira shortline do Brasil
Este novo trecho ferroviário tem o potencial de se tornar a primeira “shortline” do país, um conceito amplamente utilizado nos Estados Unidos para designar ferrovias de curta distância que conectam indústrias locais a linhas ferroviárias principais.
A regulamentação recente do marco legal das ferrovias no Brasil abriu caminho para esse tipo de operação, e a iniciativa da Arauco pode servir de modelo para futuras concessões.
Revitalização da Malha Oeste
Além da construção do novo trecho, a revitalização da Malha Oeste é uma prioridade.
Os planos incluem a recapacitação do trecho entre Corumbá e Porto Esperança, a rebitolagem da linha entre Campo Grande, Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, e a construção de um novo segmento ligando Três Lagoas a Aparecida do Taboado, integrando-se às operações da Suzano.
O Tribunal de Contas da União (TCU) está avaliando o projeto, e, se aprovado, os investimentos devem começar no segundo semestre de 2025, com conclusão prevista para 2026.
Impacto econômico e logístico
A expansão da infraestrutura ferroviária é vista como crucial para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul, especialmente para os setores de celulose e biocombustíveis.
O transporte ferroviário é considerado um elemento estratégico para garantir a competitividade do estado, melhorando o escoamento da produção até o Porto de Santos e impulsionando a logística e a economia regional.
Investimentos e expectativas
A relicitação da Malha Oeste prevê um investimento de R$ 18 bilhões ao longo de 60 anos, com a concessão de mais de 1.600 quilômetros de ferrovia entre Corumbá (MS) e Mairinque (SP).
O edital de relicitação está previsto para o primeiro semestre de 2024, e a expectativa é que os investimentos comecem em 2027, com melhorias significativas na infraestrutura ferroviária.
Desafios e perspectivas
Embora os planos sejam ambiciosos, há desafios a serem superados.
A necessidade de modernização da malha ferroviária existente e a garantia de investimentos contínuos são pontos críticos para o sucesso dos projetos.
No entanto, com o apoio do governo estadual e federal, além do interesse de empresas privadas, as perspectivas são promissoras para a transformação da logística ferroviária em Mato Grosso do Sul.
Para especialistas, a implementação da primeira ferrovia shortline do Brasil e a revitalização da Malha Oeste representam passos significativos para o fortalecimento da infraestrutura de transporte no país.
Essas iniciativas não apenas melhoram a eficiência logística, mas também impulsionam o desenvolvimento econômico regional, posicionando Mato Grosso do Sul como um hub estratégico no cenário ferroviário nacional.
Brasil sempre atrasado na questão ferroviária. Poderíamos estar com uma malha ferroviária, norte sul,leste oeste, operando há décadas.
Mas, a corrupção sempre falou mais alto!
Neste caso, este projeto sairá do papel?
Tenho muitas dúvidas.
Primeiro nada… Em Sorocaba a ferrovia que conecta a fábrica da Votorantim Cimentos á Rede Ferroviaria Federal já tem bem uns cem anos.
Com certeza vai parar com seis meses, e o dinheiro ?? Sumiu !!!