Maior meteorito marciano já encontrado na Terra será leiloado por até US$ 4 milhões; rocha pesa quase 25 kg e veio do Níger.
Um pedaço gigante de Marte pode mudar de dono em breve. A Sotheby’s vai leiloar, no fim deste mês, o maior meteorito marciano já encontrado na Terra.
Avaliado em até US$ 4 milhões, o objeto é considerado um tesouro interplanetário.
Maior que qualquer outro
Com 24,67 quilos, o meteorito batizado de NWA-16788 é cerca de 70% maior que o detentor do recorde anterior, o Taoudenni 002, encontrado no Mali em 2021. Este pesava 14,51 quilos.
-
Galaxy S26 Ultra traz tecnologia inédita com IA: novo menu de privacidade usa o Flex Magic Pixel para embaralhar dados em público e bloquear olhares curiosos
-
Tecnologia agrícola com inteligência artificial ajuda no controle da lagarta-do-cartucho do milho, trazendo mais precisão, maior produtividade e menor prejuízo na agricultura
-
Brasileira de 8 anos desafiou a astronomia mundial: ‘Nicolinha Oliveira’ identificou asteroides em parceria com a NASA e se tornou uma das mais jovens astrônomas do planeta
-
Mais de 30% dos brasileiros vivem sem água e esgoto; engenheiro cria microestação sustentável que trata até 95% do esgoto sem energia elétrica
A nova descoberta foi feita por um caçador de meteoritos em novembro de 2023, na região de Agadez, no Níger, famosa por fósseis de dinossauros.
O Museu de Astronomia de Xangai confirmou a origem marciana da rocha após analisar uma amostra enviada.
A Sotheby’s destaca que o meteorito mostra pouco desgaste terrestre, indicando que sua composição química e física segue praticamente intacta desde que caiu no deserto do Saara.
Origens violentas em Marte
Segundo a descrição da Sotheby’s, o meteorito contém maskelynite, olivina e piroxênio. Ele teria se formado pelo resfriamento lento do magma de Marte.
Marcas de impacto sugerem que a rocha foi lançada ao espaço após uma colisão violenta com um asteroide.
Venda levanta debate
A decisão de colocar o meteorito à venda gerou reações. O paleontólogo Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo, criticou a medida.
Para ele, a rocha deveria estar em um museu, acessível ao público e à ciência.
Por outro lado, Julia Cartwright, da Universidade de Leicester, acredita que mesmo com a venda, o interesse científico pode se manter. “Ainda podemos obter muita ciência com isso”, afirmou à CNN.
O leilão será realizado em 16 de julho, às 14h UTC.