Na última quinta-feira (17), os parlamentares do Senado Federal aprovaram o texto da MP para a privatização da Eletrobras, e funcionários ao redor do Brasil temem demissões em massa após privatização e fazem greve
MP para a privatização da Eletrobras é aprovada e cerca de 450 funcionários da Usina Hidrelétrica de Furnas em MG correm risco de ficarem desempregados. Contra a venda, funcionários de todo o Brasil fazem greve. A empresa de energia, que atualmente é uma estatal, é a maior da América Latina, e segundo alguns dos senadores apresentou lucros bilionários nos últimos anos.
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A MP para a privatização da Eletrobras foi aprovada com 37 votos contra e 42 a favor. O texto ainda voltará para a Câmara dos Deputados e, logo após, será sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. O estado de MG será um dos mais impactados com a privatização da Eletrobras.
A Usina Hidrelétrica de Furnas, que se localiza no curso do Rio Grande, entre os municípios de São João Batista do Glória (MG) e São José da Barra (MG), é de controle da Eletrobras e tem uma grande atividade na economia das cidades.
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De acordo com o dirigente do Sindicato dos Eletricitários de Furnas, Ricardo Fernandes, há uma grande probabilidade de que a privatização resulte em uma demissão em massa na Usina de Furnas, de aproximadamente 450 pessoas. Ele afirma que, se isso ocorrer, irá atrapalhar de forma direta a economia da região do MG, que não possui indústria.
Funcionários da Usina de Furnas entram em greve
Aproximadamente 450 trabalhadores da Usina de Furnas em MG realizaram uma greve de 72 horas contra a privatização. A greve teve início no começo desta terça (15) e não envolveu só funcionários da Usina de Furnas, mas também cerca de 12 mil trabalhadores em todo o Brasil, que se manifestaram contra a venda da Eletrobras.
Ricardo Fernandes afirma que, para que não haja o desligamento do sistema elétrico, somente as atividades de operação foram mantidas e também trabalhadores da manutenção só atenderão serviços de urgência.
Aumento na conta de luz dos consumidores após a privatização
Outro impacto que atingirá todo o país será o aumento da conta de luz dos consumidores. As usinas da Eletrobras geram energia e distribuem para todo o país e tem o compromisso de repassá-la para as empresas distribuidoras por um preço único, que atualmente é de R$ 62 por megawatt/hora. Com a privatização, o proprietário poderá vender a energia gerada no mercado livre, que atualmente gira em torno de R$ 250 a R$ 290 o megawatt/hora.
De acordo com Emerson Andrada, coordenador geral do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais, é importante que se utilizem exemplos passados para projetar o futuro. A privatização das usinas do Triângulo Mineiro, que pertenciam à Cemig, fez com que o preço do megawatt/hora saísse de R$ 40 para quase R$ 150. Se houver o encarecimento da Eletrobras, irá impactar nas contas de luz de todo o Brasil.
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