Devido a separação do Reino Unido da União Europeia, a escassez de caminhoneiros tem se agravado cada vez mais e a falta dos motoristas fez com que o governo liberasse profissionais de outros países, para preencher as vagas de emprego.
A Europa vem sofrendo com uma enorme escassez de caminhoneiros, o que afeta o abastecimento de diversos produtos. A preocupação com os impactos dessa escassez de motoristas preocupa agora porque o inverno está se aproximando no continente. Um levantamento realizado no mês de agosto, mostra que a Europa precisa de cerca de 400 mil caminhoneiros para que suas necessidades sejam atendidas. Apenas no Reino Unido, são mais de 100 mil vagas de emprego para motoristas de caminhão disponíveis.
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Vagas de emprego para caminhoneiros sobrando na Europa
A falta de mão de obra fez com que os profissionais sejam mais valorizados na Europa, o que aumenta os seus salários. Para se ter uma ideia da valorização dos profissionais, atualmente um analista financeiro recebe cerca de 46 mil libras por ano, em conversão direta, são um pouco mais de R$ 351 mil.
Já motoristas de caminhão podem receber cerca de 53 mil libras anuais, o que equivale a R$ 404 mil em conversão direta. Esse próprio valor é o praticado pela rede de supermercados Waitrose, que está ofertando vagas de emprego para profissionais do ramo.
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Para que os impactos dessa escassez sejam amenizados, 200 motoristas do Exército britânico já estão atuando com o transporte de produtos, mas ainda é preciso muito mais para que a demanda seja atendida.
Como ser motorista de caminhão no Exterior?
Há duas formas de ser caminhoneiro no exterior, sendo elas:
Conta própria: Para ingressar por conta própria e exercer alguma profissão é necessário a obtenção do visto EB2 NIW (National Interest Waiver), específico para trabalhar em outros países. O NIW é uma regra na legislação que permite, que para certos tipos de vistos de trabalho, cuja oferta de vagas é maior do que a oferta de mão-de-obra, seja autorizada a aprovação do visto de trabalho pelo USCIS (U.S. Citizenship and Immigration Services), sem passar pela liberação do DOL – Department of Labor (Ministério do trabalho americano).
O valor dos custos é relativo, pois depende da quantidade de pessoas da família do caminhoneiro que irão imigrar, os custos para obtenção do visto podem variar de US$ 15 mil a US$ 20 mil (cerca de R$ 80 mil, em conversão atual) e o tempo estimado pode chegar até um ano e meio (18 meses). Esposa e filhos menores de 21 anos entram no mesmo processo do pai. O Visto EB-2 é um Green Card, ou seja, o caminhoneiro que receber este visto se tornará residente permanente nos EUA, podendo desfrutar de quase todas as benesses de um cidadão americano.
Contrato de trabalho: Através deste método, não há custos para o trabalhador se o Employer/Sponsor (Empresa que irá empregar o motorista) se dispuser a arcar com as despesas do processo. E o tempo de espera para obtenção da autorização para imigração é ligeiramente menor. Através de um contrato de trabalho previamente fechado com alguma transportadora no país, ou seja, quando a empresa chama o motorista estrangeiro trabalhar, o profissional precisará do Visto H2B. Os custos para obtenção deste documento variam de US$ 10 mil a US$ 18 mil dólares e são de inteira responsabilidade da empresa contratante.
Governo britânico aceita motoristas de outros países
É sempre visto que é uma grande burocracia para entrar em alguns países, principalmente os da Europa, o que de certa forma ficou bem pior com a saída do Reino Unido da União Europeia. Fazendo com que o visto para caminhoneiros de fora da Irlanda do Norte, País de Gales, Escócia e Inglaterra tivesse ainda mais empasses.
Por outro lado, o governo da Grã-Bretanha autorizou a concessão de vistos temporários, gerando vagas de emprego a mais de 5 mil motoristas. Os profissionais terão salários que giram em torno de R$ 32 mil por mês, e poderão trabalhar no Reino Unido por três meses.
Vale ressaltar que é preciso ter uma autorização para dirigir caminhão na Europa e vale lembrar também, que o volante por lá fica no lado direito, ou seja, o oposto do que estamos acostumados aqui no Brasil.
EUA também sofre com escassez de motoristas
Além da Europa, os EUA também sofre com a falta de caminhoneiros por conta da pandemia, abandono do setor por parte de alguns profissionais e também por conta de um sistema de testes ainda mais rigorosos que foi responsável pela demissão de mais de 60 mil profissionais no país.
Algumas transportadoras norte americanas já imploram que o governo amenize as regras e acelere a aprovação de vistos para que sejam ofertadas vagas de emprego para caminhoneiros estrangeiros, fazendo com que os desgastes nas redes de suprimentos seja aliviada. O Petroleum Marketing Group, possui apenas 26 dos 74 motoristas que precisa para operar.
De acordo com Andre LeBlanc, vice-presidente de operações, a empresa tenta recrutar profissionais, porém não encontra ninguém interessado. Um dos atacadistas já chegou a organizar um evento para atrair pessoas em um centro de convenções estaduais, mas apenas duas apareceram.