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Energia renovável: Brasil atinge o sexto lugar no ranking mundial de potencial de energia eólica e tem ótimos resultados com a fonte solar

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 08/04/2022 às 17:27
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Foto: Reprodução Demape Energias Renováveis / Google Imagens

O Brasil tem se destacado globalmente pela grande capacidade de energia eólica, além de receber altos investimentos em outras fontes

Publicado no dia 4 de abril, segunda-feira, o relatório do Global Wind Energy Council (GWEC) detalha e analisa de forma completa o cenário do setor de energia eólica mundial. Conforme mostra a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), nele é visto que o Brasil subiu uma posição no Ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore em 2021, ocupando, agora, o sexto lugar. Em 2012, o Brasil estava na 15ª posição, e, no ano passado, ele foi consagrado o terceiro país a instalar mais usinas de energia eólica, de acordo com o GWEC.

No ranking de capacidade instalada de 2021, o Brasil alcançou 21,5 gigawatts (GW) de capacidade instalada em usinas de energia eólica onshore e ocupava a posição de número 6, atrás da Espanha (28,3 GW); da Índia (40 GW); da Alemanha (56,8 GW); dos Estados Unidos (134,3 GW) e da China (310,6 GW).

Segundo o site Exame, no contexto mundial, o Global Wind Report 2022 do Conselho Global de Energia Eólica ressalta que a capacidade do planeta expandiu 93,6 GW no ano passado, elevando a capacidade de energia eólica acumulada para um total de 837 GW, de forma a evidenciar o crescimento anual de 12%.

País também garante bons resultados na matriz solar

Além disso, o Brasil superou a marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade operacional da fonte solar fotovoltaica, ao somar as grandes usinas e outros sistemas de produção de energia em escala residencial. Assim, a fonte solar ultrapassa a capacidade instalada da usina de Itaipu, de acordo com análise da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Segundo a Associação, desde 2012, a fonte solar já concedeu ao país mais de R$ 74,6 bilhões em novos investimentos, R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e forneceu ainda mais de 420 mil empregos. Além disso, com o uso de tal fonte, foi evitada a emissão de 18 milhões de toneladas de CO2.

Para Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, o desenvolvimento da fonte solar no Brasil é essencial para desenvolver as esferas social, econômica e ambiental do país. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, ele afirma.

Sauaia acrescenta uma análise: “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”.

Expansão do setor

O setor de energia prevê uma expansão acelerada em 2022 nos sistemas solares ativos no Brasil, especialmente os de níveis residenciais, voltados à própria produção, em razão do aumento nas contas de luz e da Lei n° 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria e já está em vigor.

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, explica: “Trata-se do melhor momento para se investir em energia solar, justamente por conta do novo aumento já previsto na conta de luz dos brasileiros e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”.

O Brasil tem 4,7 GW de capacidade instalada em sistemas solares de grande porte, que corresponde a 2,4% da matriz elétrica total. Desse modo, esses sistemas são a sexta maior fonte de eletricidade do país, presentes em 19 estados. Quanto ao segmento de geração própria, há 9,3 GW de potência instalada da fonte solar. Usada em 99,9% das conexões de geração própria do Brasil, a fonte solar é líder no setor.

Segundo Koloszuk, a fonte solar é rápida para instalar e acessível. Ele finaliza: “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades e novos empregos”.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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