O Brasil tem se destacado globalmente pela grande capacidade de energia eólica, além de receber altos investimentos em outras fontes
Publicado no dia 4 de abril, segunda-feira, o relatório do Global Wind Energy Council (GWEC) detalha e analisa de forma completa o cenário do setor de energia eólica mundial. Conforme mostra a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), nele é visto que o Brasil subiu uma posição no Ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore em 2021, ocupando, agora, o sexto lugar. Em 2012, o Brasil estava na 15ª posição, e, no ano passado, ele foi consagrado o terceiro país a instalar mais usinas de energia eólica, de acordo com o GWEC.
No ranking de capacidade instalada de 2021, o Brasil alcançou 21,5 gigawatts (GW) de capacidade instalada em usinas de energia eólica onshore e ocupava a posição de número 6, atrás da Espanha (28,3 GW); da Índia (40 GW); da Alemanha (56,8 GW); dos Estados Unidos (134,3 GW) e da China (310,6 GW).
Segundo o site Exame, no contexto mundial, o Global Wind Report 2022 do Conselho Global de Energia Eólica ressalta que a capacidade do planeta expandiu 93,6 GW no ano passado, elevando a capacidade de energia eólica acumulada para um total de 837 GW, de forma a evidenciar o crescimento anual de 12%.
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País também garante bons resultados na matriz solar
Além disso, o Brasil superou a marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade operacional da fonte solar fotovoltaica, ao somar as grandes usinas e outros sistemas de produção de energia em escala residencial. Assim, a fonte solar ultrapassa a capacidade instalada da usina de Itaipu, de acordo com análise da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Segundo a Associação, desde 2012, a fonte solar já concedeu ao país mais de R$ 74,6 bilhões em novos investimentos, R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e forneceu ainda mais de 420 mil empregos. Além disso, com o uso de tal fonte, foi evitada a emissão de 18 milhões de toneladas de CO2.
Para Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, o desenvolvimento da fonte solar no Brasil é essencial para desenvolver as esferas social, econômica e ambiental do país. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, ele afirma.
Sauaia acrescenta uma análise: “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”.
Expansão do setor
O setor de energia prevê uma expansão acelerada em 2022 nos sistemas solares ativos no Brasil, especialmente os de níveis residenciais, voltados à própria produção, em razão do aumento nas contas de luz e da Lei n° 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria e já está em vigor.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, explica: “Trata-se do melhor momento para se investir em energia solar, justamente por conta do novo aumento já previsto na conta de luz dos brasileiros e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”.
O Brasil tem 4,7 GW de capacidade instalada em sistemas solares de grande porte, que corresponde a 2,4% da matriz elétrica total. Desse modo, esses sistemas são a sexta maior fonte de eletricidade do país, presentes em 19 estados. Quanto ao segmento de geração própria, há 9,3 GW de potência instalada da fonte solar. Usada em 99,9% das conexões de geração própria do Brasil, a fonte solar é líder no setor.
Segundo Koloszuk, a fonte solar é rápida para instalar e acessível. Ele finaliza: “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades e novos empregos”.