Para que aconteça transição energética e energia renovável seja a realidade da matriz global, é necessário investimento trilionário até 2030
Na terça-feira, dia 29 de março, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) lançou a mais nova versão do relatório “World Energy Transitions Outlook”, no qual são retratadas ações de prioridade para os próximos 8 anos, até 2030, a fim de preservar a meta de impor um limite ao aquecimento global de até 1,5°C. Conforme mostra o documento da IRENA, será necessária a realização de investimentos de US$ 5,7 trilhões anualmente até 2030 na transição energética mundial, além de redirecionar US$ 700 bilhões por ano que iriam para combustíveis fósseis, evitando ativos ociosos. Dessa forma, as adições mundiais de energia renovável por ano cresceriam três vezes mais até 2030, seguindo a recomendação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Assim, conforme divulgado na matéria original do veículo informativo PetroNotícias, o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, afirmou que “a transição energética está longe de estar no caminho certo e qualquer ação menos radical nos próximos anos diminuirá, até eliminará as chances de cumprir nossas metas climáticas”. Além disso, o diretor-geral da IRENA ainda acrescentou: “Hoje, os governos enfrentam vários desafios de segurança energética, recuperação econômica e acessibilidade das contas de energia para residências e empresas. Muitas respostas estão na transição acelerada. Mas é uma escolha política implementar políticas que cumpram o Acordo de Paris e a Agenda de Desenvolvimento Sustentável. Investir em novas infraestruturas de combustíveis fósseis apenas bloqueará práticas antieconômicas, perpetuará os riscos existentes e aumentará as ameaças das mudanças climáticas”.
Além disso, a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) acredita que realizar investimentos na transição energética para fonte renovável traria vantagens socioeconômicas e de bem-estar totalmente perceptíveis. A partir da transição energética, surgirão 85 milhões de vagas de empregos ao redor do mundo em diferentes setores de energia renovável – como a solar, que vem recebendo muita atenção de grandes instituições – e outras tecnologias vinculadas à transição energética, entre hoje e 2030. Esse grande volume de empregos representa um ganho bem maior em relação às perdas de 12 milhões de vagas nas indústrias de combustíveis fósseis. Dessa forma, de um modo geral, muitas nações teriam mais contato com grandes benefícios na trajetória de transição energética, do que em transações de negócios tradicionais. Você pode conferir o relatório completo no site da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), disponível aqui neste link.
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Sobre a IRENA
Formalmente criada em 2009, durante a Conferência de Bona, a Agência tem sede em Abu Dhabi e conta, hoje, com a presença de 154 Estados Membros, além de 26 Estados em processo de integração.
A IRENA tem como principal função ajudar e apoiar nações na transição energética para uma matriz sustentável, ou seja, com fonte de energia renovável, servindo como repositório e difusora de conhecimento e boas práticas, plataforma de diálogo, e provedora de serviços, ferramentas técnicas, análises e de projetos de cooperação na área de energia renovável.
Energia termossolar: CESP divulga usina pioneira no contexto nacional, capaz de abastecer mais de 300 residências
A Companhia Energética de São Paulo (CESP) inaugurou na semana do dia 20 de março a primeira usina de energia termossolar do Brasil, situada no município de Rosana, em São Paulo. Em processo de desenvolvimento há aproximadamente 5 anos, desde 2017, agora, com o início das operações, o país recebe um novo marco para a geração de energia. Em parceria com a Lactec, Eudora Energia, MRTS Consultoria e a MFAP Consultoria, o projeto da usina foi criado inserido no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor de Energia Elétrica, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para saber mais sobre inovações em energia renovável, clique aqui e leia esta matéria completa.