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Empresas que se uniram contra o uso da energia solar são derrotadas no TCU

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/04/2021 às 12:14
Atualizado em 27/04/2021 às 18:38
Energia solar - TCU - empresas
Painel solar representando energia limpa – Fonte: renewables NOW

Empresas do chamado Lobby milionário contra o uso de energia solar tiveram as decisões suspensas no TCU, pelo ministro Aroldo Cedraz

Nesta quarta-feira (14), foi suspensa, pelo ministro Aroldo Cedraz, os efeitos da decisão do próprio TCU, que prejudicava o sistema de energia solar na modalidade de geração distribuída, inviabilizando as micro e minigeradoras de energia solar em residências e empresas. Com isso, a Aneel fica incapaz de anular políticas à geração de energia solar renovável, asseguradas desde 2014.

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Ceder à pressão das empresas distribuidoras, que cobram abusivamente até pelos postes e fios de outras minigeradoras que investiram em energia solar, seria um grande retrocesso ao desenvolvimento renovável do País.

Entenda mais sobre o Lobby milionário das empresas que votaram contra o uso de energia solar  

Já citado em outra matéria aqui no CPG, o Lobby milionário das empresas que vão contra a energia solar se trata de empresas distribuidoras de energia que se associaram a ONGs, e até mesmo ONGs de “defesa do consumidor”, para pressionar outras minigeradoras pelo fim do uso da energia solar no Brasil, prejudicando milhares de pessoas, prefeituras, tribunais de contas, empresas, e até mesmo o STJ, que foram atraídos por licenças da Aneel.

As empresas investiram em contratos com lobistas, em contratos pagos pelo próprio consumidor, na conta de luz. O Lobby iria deixar cerca de 247 mil pessoas desempregadas. Tendo em vista que, apenas no fim do ano passado, a taxa de desemprego no país foi de 14,1%, ou seja, 14 milhões de pessoas, e, em 2021, a energia solar gerou mais de 147 mil novos postos de trabalho.

Expectativa do mercado de energia solar para este ano

O Mercado de Energia fotovoltaica em 2021

O ano de 2021 trará para a energia solar um aumento de aproximadamente de 5,09 GW em potência instalada no Brasil, ou seja, um aumento de 68% em relação ao reunido até o fim do ano passado, segundo o estimado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

A geração distribuída, que é composta por sistemas de 5MW localizados próximos ou junta a unidade consumidora, devem representar uma parte que mais irá crescer, com uma projeção de 90% em seu crescimento, havendo uma transição de 4,4 GW para 8,3 GW. Já a geração centralizada, composta pelas grandes usinas, deve crescer aproximadamente 37%, indo de 3,1 GW para 4,2 GW.

As crescentes preocupações ambientais, como as emissões de gases de efeito estufa, acompanhadas pelo aumento do consumo de energia, estão levando as indústrias a recursos de energia mais sustentáveis ​​e econômicos. É provável que esses fatores impulsionem positivamente o crescimento do mercado de energia solar.

O aumento na demanda, por fontes alternativas de energia e políticas governamentais de apoio para instalações de painéis solares em telhados, impulsiona o crescimento do mercado global de energia solar. No entanto, aumentos nos planos tarifários dos governos dificultam o crescimento do mercado. Por outro lado, o crescimento dos investimentos em P&D para desenvolvimento de módulos solares de alta eficiência de terceira geração abre oportunidades nos próximos anos.

Sobre o TCU

Quase tão antigo quanto a própria Republica do Brasil, o TCU foi criado dois anos após a proclamação, em 1891, com a principal função de acompanhar a execução orçamentária e financeira do país. Essa atuação do TCU é dada a nível federal.

Um fato importante sobre o TCU é que, da mesma forma do Ministério Público, ele não é subordinado a nenhum dos três poderes, apesar de estar ligado ao Legislativo.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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