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Em uma decisão inesperada, a Yara anuncia a suspensão da produção de fertilizantes fosfatados, resultando na demissão de centenas de funcionários. A empresa alega foco em operações sustentáveis, mas a medida gera apreensão entre trabalhadores e autoridades locais, que buscam alternativas
Em uma reviravolta inesperada que abalou o setor industrial paulista, a multinacional norueguesa Yara anunciou a suspensão gradual da produção de fertilizantes fosfatados e ácido sulfúrico em suas unidades de Cubatão e Paulínia.
A medida, que deve ser concluída até o terceiro trimestre de 2025, resultará na demissão de centenas de funcionários, gerando preocupação e incertezas na região.
Suspensão das atividades e demissões
A Yara informou que a “hibernação” das plantas de fosfatados e ácido sulfúrico faz parte de uma estratégia para concentrar-se em operações mais sustentáveis e focadas em sua atuação principal: a produção de fertilizantes nitrogenados.
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Além disso, a empresa pretende investir em soluções de baixo carbono, neutralidade climática e agricultura regenerativa.
Em Cubatão, a suspensão afetará as unidades 3 e as plantas de fosfatados da unidade 2, enquanto as unidades 1 e 2, responsáveis pela produção de nitrogenados, além da misturadora (unidade 5), continuarão operando normalmente.
A decisão resultará na demissão de aproximadamente 219 funcionários na unidade de Cubatão, além de um número semelhante de trabalhadores terceirizados.
Resultados financeiros e reestruturação na Yara
A decisão ocorre após a Yara reportar um prejuízo líquido de US$ 290 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de US$ 246 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano, a empresa registrou receitas de US$ 13,934 bilhões, uma queda de 10,83% em relação aos US$ 15,627 bilhões de 2023. Em contrapartida, o EBITDA aumentou 20%, alcançando US$ 2,051 bilhões.
Diante desse cenário, a Yara anunciou um programa de redução de custos e investimentos de US$ 150 milhões, com o objetivo de otimizar suas operações e focar em áreas estratégicas para garantir a sustentabilidade a longo prazo.
Repercussão local e medidas mitigatórias
A notícia gerou preocupação entre os funcionários e autoridades locais.
O Sindicato dos Químicos da Baixada Santista afirmou que, embora tenham sido negociados pacotes de benefícios adicionais além dos direitos previstos em lei, isso “nunca será o suficiente para quem perde seu emprego no qual se dedicou tantos anos”
A Prefeitura de Cubatão realizou uma reunião com representantes da Yara para entender as medidas adotadas e buscar alternativas para amenizar os efeitos das demissões no mercado de trabalho local.
Uma das iniciativas inclui um encontro entre o prefeito César Nascimento e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em Brasília, para discutir possíveis soluções que fortaleçam o setor industrial na região.
Perspectivas futuras e investimentos
Apesar das adversidades, a Yara destacou o início da produção de amônia renovável em Cubatão, em dezembro de 2024, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a inovação.
A empresa afirmou que Cubatão continua sendo estratégica para suas operações no Brasil, com ativos de nitrogênio que representam uma vantagem competitiva e potencial crescente na geração de valor para a indústria nacional.
A Yara também enfatizou que o fornecimento de fertilizantes ao mercado brasileiro não será afetado pela suspensão das atividades nas unidades de fosfatados, garantindo que continuará atendendo seus clientes com produtos de alta qualidade.
Impacto econômico e social
A suspensão das atividades nas unidades de Cubatão e Paulínia representa um impacto significativo não apenas para os funcionários diretamente afetados, mas também para a economia local, que está profundamente conectada ao mercado internacional.
As demissões em massa podem resultar em aumento do desemprego e redução da renda na região, afetando diversos setores da economia local.
As autoridades locais e sindicatos estão buscando alternativas para minimizar os efeitos negativos dessa decisão, incluindo a realocação dos trabalhadores demitidos e a atração de novos investimentos para a região.
A reunião com o ministro Geraldo Alckmin é uma das iniciativas nesse sentido, visando discutir medidas que possam fortalecer o setor industrial e promover o desenvolvimento econômico sustentável em Cubatão e Paulínia.
Para especialistas, a decisão da Yara de suspender a produção de fertilizantes fosfatados e ácido sulfúrico em Cubatão e Paulínia reflete uma reestruturação estratégica da empresa, focada em operações mais sustentáveis e alinhadas às tendências globais de sustentabilidade e inovação.
No entanto, essa medida traz desafios significativos para os funcionários afetados e para a economia local, exigindo ações coordenadas entre a empresa, autoridades e sindicatos para mitigar os impactos sociais e econômicos decorrentes dessa decisão.
A empresa está se adequando a agenda global sobre sustentabilidade e boas práticas na produção agrícola. Agenda essa que nunca se preocupou nos índices de desemprego para a realização desta.
Essa demissão em massa. E o resultado da incompetência do governo lula e seus ministros incompetentes ..
Colocar a culpa no governo pela má eficiência de uma empresa privada é ser no mínimo ignorante intelectual!
Má gestão é própria ignorância de própria Gestal empresarial!