O Embaixador do Brasil em Portugal afirma que o hidrogênio verde poderá substituir o carvão e o petróleo até 2050 e que empresas de Portugal podem ser grandes produtoras do combustível no país.
Nesta segunda-feira (18), o embaixador do Brasil em Portugal defendeu que o uso de hidrogênio verde é o melhor combustível do mundo para a substituição do carvão e petróleo, afirmando ainda que o barril de petróleo será substituído pelo barril de hidrogênio verde até 2050. De acordo com Raimundo Carreiro Silva, durante a abertura do Fórum “Os desafios do Desenvolvimento – O Futuro da Relação Estatal”, que está acontecendo em Lisboa até esta quinta-feira (21), é necessário mitigar a dependência do carvão e do petróleo para que o aquecimento global seja reduzido, e o hidrogênio verde tem se mostrado como uma ótima ferramenta para este impasse.
Embaixador do Brasil afirma que EDP e Galp podem ser grandes produtoras de hidrogênio verde no País
O embaixador do Brasil afirma que não há a possibilidade de substituir na totalidade o petróleo e o carvão pela eletricidade, sendo assim o hidrogênio verde é a solução.
Carreiro ainda destaca que o h2b é uma grande oportunidade para firmar ainda mais as parcerias e a integração entre Brasil e Portugal por meio da produção e exportação do combustível, que será a matéria-prima energética que tomará o lugar do petróleo, gás natural e do carvão até 2050. Para o embaixador do Brasil, os maiores grupos de energias renováveis de Portugal e Brasil terão um papel de suma importância na transição para combustíveis limpos e livres de carbono.
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Segundo Carreiro, os grupos empresariais de energia em Portugal, com destaque para a Galp e EDP, podem se tornar grandes produtores e comercializadores de hidrogênio verde no Brasil, utilizando das riquezas do país e seu potencial em energia solar e eólica. A produção poderá ser tanto para procura interna, quanto para exportação para o mercado da União Europeia, que se demonstra promissora, eliminando as amarras com o Oligopólio do Petróleo e do gás.
FIBE afirma que Brasil poderá ser protagonista em Hidrogênio Verde
Antes, Vitalino Canas, presidente do Conselho Diretivo do Fórum de Integração Brasil Europa (FIBE), já havia argumentado que o Brasil deveria se projetar como uma potência com visão global no espaço Atlântico.
O Brasil tem chances de se tornar um novo protagonista nas cadeias de produção de hidrogênio verde internacionais, no comércio e também, de um ponto de vista geopolítico, para se projetar como uma potência com visão global no espaço Atlântico, não apenas no Atlântico Sul.
O Fórum de Integração Brasil Europa (FIBE), que está acontecendo em Portugal até esta quinta-feira em Lisboa, desenvolve discussões sobre os caminhos rumo ao bem-estar econômico e social através das transformações impostas pela revolução digital, a guerra europeia e da Covid-19.
Projetos de hidrogênio verde no Brasil já ultrapassam os US$ 20 bilhões
Os projetos para trazer a viabilização da produção comercial do hidrogênio verde, puxados pelo interesse de instituições de outros países, já ultrapassam os US$ 20 bilhões, focando principalmente, na exportação.
Atualmente, os principais projetos estão concentrados no Porto de Pecém, no Ceará, no Porto do Açu, no Rio de Janeiro e também no Porto de Suape, em Pernambuco.
No Ceará, entre os meses de fevereiro e setembro do último ano, cerca de 9 empresas já assinaram memorandos de entendimento para a produção do combustível sustentável que poderá substituir o Petróleo e o Carvão até 2050.
Em setembro, a multinacional de Portugal, EDP, anunciou sua primeira usina de H2V no estado, que deve começar suas operações ainda este ano, com um investimento inicial de R$ 42 milhões.