A maior produtora de petróleo no Brasil depois da Petrobras, a Shell alegou que diminuirá as despesas de capital para 20 bilhões de dólares ou menos.
Em esforço para enfrentar o recente colapso dos custos do petróleo, a petroleira Shell anunciou nesta segunda-feira que diminuirá investimentos em 5 bilhões de dólares e que interrompeu também seu amplo plano de recompra de ações no valor de 25 bilhões de dólares. Petrobras pede desembolso de 8 bilhões de dólares aos bancos para reforçar liquidez e enfrentar crise dopetróleo
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Enquanto busca diminuir preços operacionais entre 3 bilhões e 4 bilhões de dólares complementares nos próximos 12 meses, a maior produtora de petróleo no Brasil depois da Petrobras, a Shell alegou que diminuirá as despesas de capital para 20 bilhões de dólares ou menos, de um nível planejado de cerca de 25 bilhões de dólares nos próximos 12 meses.
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Os cortes devem ampliar a geração de caixa da Shell em entre 8 bilhões e 9 bilhões de dólares antes de impostos. As ações da Shell tiveram queda de 3,5% no começo das negociações em Londres, contra recuo de 3% dos papéis no setor de energia europeu.
Em apenas dois meses os custos do petróleo despencaram devido ao efeito do vírus e a uma pressão da Arábia Saudita para ampliar a produção após o colapso de um acordo entre a Opep e seus aliados, conhecido como Opep+, para conter a oferta.
Segundo dados do Bank of America Global Research, uma alta da oferta de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros produtores pode sobrecarregar o armazenamento mundial à medida que o coronavírus diminuia a procura empurrando os custos para menos de 20 dólares por barril.
Os dados também informam que o consumo mundial pode contrair mais de 0,5 mbpd na primeira metade de 2020, com a situação possivelmente se disseminando na segunda metade, se o surto de vírus não estiver contido. “4 milhões de barris por dia de nova oferta da Opep+ poderão chegar nos próximos dois meses”.
Esse excedente pode preencher depressa a habilidade mundial de armazenamento disponível – e se a habilidade terrestre for insuficiente, será necessário armazenamento flutuante complementar, declarou o banco.
A medida que os estoques de petróleo ampliam, o contango no petróleo nos EUA – em que os custos para entrega futura são mais caros do que os para expedição imediata – pode ampliar e tornar o petróleo estadunidense mais caro do que o petróleo de referência mundial Brent, adicionou.
Isso poderia deslocar a produção de shale dos EUA, “se os perfuradores de shale parassem de completar os poços hoje, levaria cerca de 12 meses para que os suprimentos dos EUA caíssem 4 mbpd”, informou Bank of America