Desde 2020, as reclamações por débitos automáticos indevidos cresceram 376%. Consumidores denunciam cobranças sem autorização, enquanto bancos culpam uma norma do Banco Central pela confusão.
No dia 26 de março de 2020, o Banco Central autorizou, por meio da Resolução 4.790/2020, que uma instituição financeira poderia solicitar a inclusão de débito automático na conta de um cliente de outro banco.
O detalhe mais polêmico? A norma permitiu que essa solicitação fosse feita mesmo sem autorização expressa tão clara do titular da conta, abrindo brecha para transtornos inesperados.
O galopante aumento de queixas desde 2020
A reação dos clientes foi quase imediata: as reclamações por débitos injustificados dispararam após 2020. Muitos consumidores só perceberam quando viram o extrato no negativo — e descobriram que nem sempre tinham dado autorização para aquilo.
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Bancos falam em “mudança de norma” — e lavam as mãos
Diante da enxurrada de reclamações, os bancos se defenderam: dizem que a raiz do problema está na mudança da norma pelo Banco Central.
Ou seja: segundo eles, não estariam agindo de má-fé — apenas seguindo o novo regulamento. Mas será que isso basta para eximir as instituições de responsabilidade?
O que isso significa para o consumidor
- Débito automático passou a ser “quase automático” — hoje, um débito pode surgir num banco sem autorização direta.
- Explosão de reclamações: a ala de proteção ao consumidor, como Procon e plataformas como Reclame Aqui, estão lotadas de relatos irritados.
- Bancos alegam: “estamos amparados pelo BC” — mas isso não elimina a frustração de quem teve dinheiro retirado sem aviso.
Olho aberto: como se prevenir
- Reveja seu extrato mensal com muita atenção.
- Cheque autorizações de débito automático: fecha ou cancela o que não reconhece — você pode pedir o cancelamento a qualquer momento!
- Se um débito indevido aparecer, registre a reclamação no Procon, no Banco Central ou até na Justiça.
Fique esperto! Não deixe qualquer banco mexer no seu dinheiro. Confira os débitos, cancele os que não autorizar e use seus direitos — antes que a próxima bolada indevida apareça no seu extrato!