A Cummins está demonstrando cada vez mais seu interesse no mercado de hidrogênio. A empresa comprou a canadense, Hydrogenics, anunciou a compra da Nprox e agora anuncia o investimento em postos para carros a hidrogênio no país
Nesta semana, a Cummins está comemorando seus 50 anos no Brasil e aproveitou o aniversário para anunciar a criação de uma nova divisão de negócios. Conhecida como New Power, o investimento da empresa será responsável por dar início à transição energética para fontes mais sustentáveis, incluindo a eletrificação e células de combustível a hidrogênio. A nova unidade da Cummins se junta às outras quatro de seu portfólio: Componentes (filtros, pós-tratamento, turbos), Motores, Distribuição e Geração de Energia.
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Hidrogênio, diesel, gás e motores elétricos serão essenciais para emissão zero
De acordo com Adriano Rishi, presidente da Cummins Brasil, nessa estratégia, a diversificação de energia, incluindo portfolio inicial de energia, com motores elétricos, as células de combustível, propulsores a gás e a diesel, e principalmente, o hidrogênio, serão fundamentais para a descarbonização no país. A empresa tem uma visão estratégica onde a redução de emissões será feita gradualmente.
O diesel ainda será mais predominante no mercado ao longo da década, com tecnologia para se tornar cada vez mais eficiente e sustentável. Para Maurício Rossi, diretor de Vendas e New Power, os motores a gás e elétricos ganharão uma presença gradativa a partir da maior demanda em setores específicos, como o de sucroalcooleiro e o de coleta de lixo.
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As montadoras realizam investimentos para ter variadas opções de motorização em seus catálogos no Brasil e a Cummins já está ofertando várias soluções de propulsão elétrica para ônibus e caminhões de até 26 toneladas. O pacote de eletrificação principal da empresa é composto por um conjunto de baterias, sistemas de controle e motores de tração que podem ser combinados dependendo da escolha do cliente.
Modelos elétricos serão uma ponte para o hidrogênio e células de combustível
Já em relação a alternativas ao diesel, os modelos elétricos já são uma realidade próxima, mas o futuro está na célula de combustível, afirmam especialistas da empresa. Nos estudos mais recentes da empresa, os modelos elétricos serão uma ponte para o uso de hidrogênio e células de combustível.
De acordo com a Cummins, esses veículos serão os que permitirão toda a redução dos particulados e de toda contaminação atual. “Se pensarmos em cinco a sete anos, é possível que os investimentos em modelos que usam célula de combustível passem a ser maiores do que os elétricos, fazendo com que o quadro atual seja invertido”, destacou pesquisador da companhia.
Cummins aplica investimentos em hidrogênio no mercado brasileiro e traz ao país nova linha de módulos de células de combustível
Com a aquisição da Hydrogenics, no Canadá, a Cummins demonstra que investimentos maiores estão por vir com o uso do hidrogênio, como fonte de propulsão para veículos que utilizam célula de combustível.
Para isso, trouxe ao mercado nacional uma nova linha de módulos de células de combustível, ofertando múltiplas possibilidades que podem ser combinadas para uma adequação melhor ao projeto do cliente. Na perspectiva da empresa, o cenário mais econômico é de que o transportador venha com um eletrolisador produzindo seu próprio combustível e o utilize em sua frota de veículos.
Recentemente, a empresa também anunciou a aquisição da Nprox, uma empresa que fabrica tanques para armazenamento de hidrogênio. Com isso, a empresa passa a ofertar um pacote completo de solução para o combustível.