O setor cafeeiro no Brasil conta com o Funcafé para ampliar crédito, incentivar práticas sustentáveis, apoiar pesquisas e fortalecer a produção que move milhares de agricultores no país
O setor cafeeiro no Brasil é considerado uma das bases do agronegócio e movimenta milhões de famílias que vivem da produção, comercialização e exportação de café.
Muito além de tradição cultural, o café é também sinônimo de geração de renda, empregos e inovação no campo.
Mas manter essa engrenagem ativa exige recursos financeiros, principalmente em períodos de crise climática ou de instabilidade no mercado internacional.
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É nesse cenário que entra o Funcafé, um fundo estratégico que garante crédito e estabilidade aos produtores, oferecendo condições para modernizar lavouras, investir em tecnologia e aumentar a competitividade, segundo uma matéria publicada.
Com mais de três décadas de atuação, o fundo segue como um dos pilares que sustentam a força da cafeicultura brasileira e reforçam o protagonismo do país no mercado global.
Funcafé: financiamento agrícola para impulsionar o setor cafeeiro no Brasil
Criado em 1986 e regulamentado no ano seguinte, o Funcafé é administrado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Seu papel central é oferecer crédito de forma organizada, assegurando liquidez e resposta rápida em momentos críticos.
Para a safra 2025/2026, o fundo disponibiliza mais de R$ 7,18 bilhões em financiamentos, um aumento de 4% em relação à safra anterior.
Esses recursos são distribuídos em linhas de crédito que alcançam desde pequenos produtores até grandes cooperativas, equilibrando o acesso ao financiamento agrícola e reduzindo desigualdades no setor cafeeiro no Brasil.
Capital de giro e inovação tecnológica no setor cafeeiro no Brasil
Entre as linhas de atuação do fundo, está o capital de giro, que apoia torrefadoras, indústrias de café solúvel e cooperativas.
Com isso, torna-se viável a implementação de projetos voltados à logística reversa, aproveitamento de cascas e bagaços, desenvolvimento de novas embalagens e diminuição de perdas industriais.
Esses investimentos garantem que o setor cafeeiro no Brasil avance em inovação tecnológica, ao mesmo tempo em que fortalece práticas de sustentabilidade.
O apoio alcança ainda a recuperação de cafezais danificados, viabilizando financiamentos emergenciais para insumos, serviços e recomposição de áreas degradadas.
Pesquisa agrícola e capacitação fortalecem o setor cafeeiro no Brasil
Além dos financiamentos, parte dos recursos do Funcafé é direcionada para a pesquisa agrícola, a formação de técnicos e a capacitação de produtores.
O Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, é um exemplo de parceria estratégica que eleva o padrão de qualidade e competitividade do grão brasileiro no mercado global.
Essas iniciativas fazem com que o setor cafeeiro no Brasil se mantenha em constante evolução, combinando tradição e modernidade, sempre com foco em sustentabilidade e valorização do trabalho no campo.
Exportações internacionais e impacto econômico do setor cafeeiro no Brasil
O peso econômico do café no país é expressivo. Segundo dados recentes do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), a cafeicultura representa 8,2% da agropecuária nacional, alcançando R$ 115,3 bilhões.
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra de 2025 é de 55,2 milhões de sacas, aumento de 1,8% em relação à safra anterior.
Esses números reforçam o papel estratégico das exportações internacionais, já que o Brasil segue como maior produtor e exportador mundial de café.
O Funcafé, ao financiar cada etapa do processo, garante que o setor cafeeiro no Brasil se mantenha competitivo e relevante na economia global.