Com a Selic subindo de 13,25% para 15%, as parcelas de um financiamento de R$ 40 mil passaram de R$ 1.325 para R$ 1.501 em seis meses.
A recente elevação da taxa Selic para 15% em junho de 2025 teve impacto direto no bolso de quem pretende financiar um carro usado. Uma simulação com base em um modelo de veículo do ano de 2016 mostra como o custo das parcelas subiu mês a mês desde o início do ano.
A simulação considera o financiamento de R$ 40 mil, com entrada de 30% e parcelamento em 48 vezes. Desde janeiro, a Selic subiu 1,75 ponto percentual. Parece pouco, mas a diferença acumulada nas prestações mostra que o aumento pesa — e muito — no longo prazo.
A simulação foi feita pelo Canal Veículo Certo.
-
Corolla Cross XR ou Eclipse Cross Rush? Veja as comparações entre os SUVs médios e qual entra nas suas prioridades em 2026
-
3 carros usados de baixa manutenção, são econômicos e confiáveis para o dia a dia, a partir de R$ 33 mil
-
Chevrolet lança nova promoção em agosto com superdesconto para a Montana 2025 que chega a quase R$ 35 mil
-
A moto da Honda que saiu do Brasil em 2014, voltou em 2015 e deixou novamente o mercado em 2022 fazia até 28 km/l, tinha 25 cv e 249 cilindradas — e hoje virou relíquia entre pilotos: a CBX 250 Twister
De R$ 1.325 para R$ 1.501 em seis meses
Em janeiro de 2025, quando a Selic estava em 13,25% ao ano, o valor das parcelas era de 48 vezes de R$ 1.325. A situação começou a mudar em abril, quando o Banco Central elevou a taxa para 14,25%. Com isso, o mesmo financiamento passou a gerar parcelas de R$ 1.422 — um aumento de R$ 97 por mês.
No mês seguinte, em maio, a taxa subiu novamente, desta vez para 14,75%. A simulação refletiu esse novo patamar com parcelas de R$ 1.480. E agora, com a Selic em 15%, as prestações chegaram a 48 vezes de R$ 1.501.
A diferença total, se compararmos com o cenário de janeiro, é de R$ 176 por parcela. Isso representa um aumento de R$ 8.448 no custo total ao final dos quatro anos.
Mesmo carro, juros bem maiores
É importante ressaltar que o veículo usado como base para essa simulação é o mesmo em todos os casos: um automóvel ano 2016. O valor financiado também se manteve constante: R$ 40 mil, com entrada de 30% do valor do carro.
A única variável foi a taxa Selic. E mesmo sem nenhuma mudança no valor do veículo ou na entrada paga pelo consumidor, o custo final subiu de forma significativa. Isso mostra como o financiamento é sensível às decisões de política monetária.
Quando a taxa básica de juros aumenta, os bancos e financeiras repassam esse custo aos consumidores. Na prática, isso significa que qualquer carro, mesmo um usado de quase 10 anos de fabricação, pode ficar milhares de reais mais caro ao longo do financiamento.
Tendência preocupa quem depende de crédito
Com a Selic alcançando os 15%, muitos consumidores que planejam trocar de carro precisam rever os planos. Para quem depende de financiamento, o impacto é imediato. Além do valor das parcelas, o custo efetivo total se torna muito mais alto, mesmo que o valor do veículo não mude.
Para quem já está pagando um financiamento com taxas anteriores, nada muda. Mas para quem pretende comprar agora, cada ponto percentual a mais de Selic pode significar uma dívida bem maior — e por muito mais tempo.
A alta da Selic, nesse ritmo, pode afastar muita gente do mercado de veículos financiados.