Cidade está se tornando uma das mais ricas do Brasil! O crescimento do polo industrial, combinado com o turismo, impulsiona a economia local, mas desafios como a favelização e a violência urbana ameaçam esse progresso.
Com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a R$ 103 bilhões, a cidade tem experimentado um desenvolvimento significativo, combinando uma economia diversificada com um polo industrial em expansão.
Conhecida como a “Paris dos Trópicos” por sua bela arquitetura e rica história, Manaus tem superado expectativas ao se consolidar entre as cinco cidades mais ricas do Brasil.
Nas últimas duas décadas, Manaus subiu de sétima para a quinta posição no ranking das cidades mais ricas do país, conforme explicou o canal do YouTube Sem Economês.
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A cidade concentra mais de 70% do PIB do Amazonas e se firmou como o principal polo econômico da região Norte.
Esse desenvolvimento acelerado reflete a combinação de setores estratégicos, como a indústria de tecnologia avançada, com mais de 500 indústrias de ponta, além do ecoturismo, que atrai milhares de turistas anualmente.
O papel da Zona Franca de Manaus no crescimento econômico
Grande parte do sucesso econômico de Manaus está diretamente ligada à criação da Zona Franca de Manaus (ZFM) em 1967.
A ZFM foi uma estratégia do governo federal para descentralizar a indústria brasileira, que até então estava concentrada no Sudeste, e promover o desenvolvimento da Amazônia.
Com incentivos fiscais, como isenção ou redução de impostos, a ZFM atraiu empresas nacionais e internacionais, como Samsung, Honda e Philips, que estabeleceram suas bases produtivas na capital amazonense.
Esse modelo econômico possibilitou a criação do Polo Industrial de Manaus (PIM), que atualmente ocupa uma área de mais de 10 quilômetros quadrados e registrou, entre janeiro e outubro de 2023, exportações de R$ 2,3 bilhões e um faturamento recorde de R$ 147 bilhões, de acordo com dados levantados pelo canal Sem Economês.
Esse polo industrial é responsável por gerar mais de 112 mil empregos diretos, consolidando Manaus como a base econômica do estado do Amazonas e um dos principais pilares da indústria brasileira.
Diversificação econômica e recursos naturais
Além do sucesso da Zona Franca, outro fator que impulsiona o crescimento econômico de Manaus é a riqueza natural da região.
O estado do Amazonas possui vastas jazidas de minerais, como cassiterita, bauxita, urânio, nióbio, ouro e ferro, com reservas avaliadas em mais de R$ 4,3 trilhões.
Esses recursos naturais têm sido essenciais para sustentar a indústria de insumos que abastece o polo industrial de Manaus.
Estima-se que até 25% dos insumos industriais utilizados no polo venham diretamente da mineração local e regional.
A indústria de mineração, juntamente com o setor de alta tecnologia e o ecoturismo, tem diversificado a economia de Manaus, fazendo com que a cidade não dependa exclusivamente de um único setor.
O ecoturismo, por exemplo, tem se tornado um dos motores econômicos mais importantes da capital, atraindo turistas do mundo inteiro interessados em explorar a Amazônia, sua biodiversidade e as paisagens naturais exuberantes.
O setor movimenta anualmente cerca de R$ 400 milhões na economia local, conforme destacou o canal Sem Economês.
Desafios do crescimento populacional e infraestrutura
Embora o desenvolvimento econômico de Manaus seja impressionante, ele vem acompanhado de desafios significativos.
A população da capital amazonense cresceu 14,6% entre 2010 e 2022, o dobro da média nacional, segundo o censo do IBGE.
Manaus é atualmente a sétima cidade mais populosa do Brasil, com mais de 2,2 milhões de habitantes.
Esse crescimento desordenado tem gerado problemas de urbanização e agravado o déficit habitacional, que chega a mais de 105 mil moradias.
A favelização também é uma questão crescente.
Em 2021, foi estimado que cerca de 47% do território da cidade era composto por favelas, uma consequência direta da falta de planejamento urbano adequado para acomodar o rápido aumento populacional.
A ausência de infraestrutura básica, como saneamento e pavimentação, em muitas áreas da cidade, tem criado zonas de vulnerabilidade, onde a população vive em condições precárias.
O impacto da violência e o tráfico de drogas
Outro desafio que Manaus enfrenta em seu processo de crescimento econômico e populacional é a violência urbana.
A cidade se tornou um ponto estratégico para o tráfico de drogas, devido à sua proximidade com países produtores como Colômbia, Peru e Bolívia.
Os rios que cercam a cidade, como o Rio Solimões, são utilizados como rotas para o escoamento de drogas, facilitando o transporte para o restante do Brasil e para o exterior.
Essa realidade tem alimentado a presença de facções criminosas na região, que disputam o controle dessas rotas, aumentando a criminalidade.
Segundo o canal Sem Economês, Manaus é hoje a terceira capital mais violenta do Brasil, com uma taxa de 55,7 homicídios por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de Salvador e Macapá.
Além disso, em 2023, a cidade liderou o ranking de roubos e furtos de celulares no Brasil.
Perspectivas para o futuro
Apesar desses desafios, o futuro de Manaus parece promissor.
O crescimento econômico e o desenvolvimento de sua infraestrutura industrial colocam a cidade em uma posição privilegiada no cenário nacional.
A combinação de uma indústria diversificada, rica em tecnologia e recursos naturais, com um setor de serviços em expansão, especialmente o ecoturismo, cria um ambiente propício para novos investimentos.
Caso consiga enfrentar os desafios urbanos, como a favelização e a violência, e invista em uma infraestrutura mais inclusiva, oferecendo qualidade de vida para seus habitantes, Manaus tem tudo para se consolidar como a cidade mais rica do Brasil nos próximos anos.