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Sistema inédito lançado na China promete evitar explosões em veículos elétricos ao ejetar baterias em segundos, mas especialistas alertam para riscos inesperados.
Os incêndios em veículos elétricos continuam sendo um dos maiores desafios da indústria automotiva. Quando uma bateria entra em combustão, o fogo é extremamente difícil de controlar e pode até reacender horas depois de aparentemente apagado. Para enfrentar esse risco, montadoras e centros de pesquisa do mundo inteiro buscam soluções mais seguras.
Na China, no entanto, uma abordagem inusitada chamou a atenção: em vez de reforçar a proteção, engenheiros criaram um sistema que simplesmente dispara a bateria para fora do carro em situações de emergência.
A ideia por trás do lançamento de baterias
O protótipo funciona de maneira parecida com um airbag. Quando sensores detectam superaquecimento, o mecanismo aciona a ejeção em menos de um segundo. A bateria é lançada a três ou seis metros de distância do veículo, reduzindo o risco de explosão dentro da cabine.
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A demonstração viralizou nas redes sociais chinesas. No vídeo, uma bateria pesada sai pela lateral de um SUV e cai em uma área de testes forrada com travesseiros. Rapidamente, a fumaça começa a subir e equipes de segurança correm para conter o fogo com cobertores anti-chamas.
Defensores do projeto acreditam que afastar a bateria dos ocupantes pode ser a forma mais eficaz de salvar vidas em acidentes graves.
Críticas e riscos apontados
Apesar da ousadia, críticos enxergam mais riscos do que soluções. A maior preocupação é o trajeto imprevisível da bateria no trânsito real. Um componente que pesa centenas de quilos pode atravessar pistas, atingir pedestres ou colidir com outros veículos, transformando-se em um projétil ainda mais perigoso que o incêndio inicial.
Outro ponto levantado é a viabilidade em colisões severas. Em muitos casos, a carroceria do carro fica deformada, impossibilitando a ejeção. Assim, a bateria danificada continuaria presa ao veículo, mantendo o perigo dentro da cabine.
Também há quem critique o custo. Sistemas complexos de lançamento podem encarecer os veículos sem garantir benefícios concretos para a maioria dos cenários.
Quem está por trás da tecnologia?
Segundo informações divulgadas, o teste foi organizado pelo Centro de Pesquisa e Tecnologia de Reparo de Colisões Automotivas da China. No fundo da apresentação, era possível ver o título do evento: “Reunião de Demonstração e Intercâmbio de Tecnologia de Lançamento de Baterias de Potência”, realizado em 19 de setembro de 2025.
O SUV usado lembrava o modelo iCar 03T, mas a montadora se apressou em negar qualquer envolvimento. Em nota oficial, a marca pertencente à Chery afirmou: “Isso não tem nada a ver com o iCAR, por favor, seja racional”.
Relatos também citaram a participação do Joyson Group, mas a empresa igualmente rejeitou ligação com o projeto.
Repercussão pública e conclusão
As reações nas redes sociais foram intensas. Usuários classificaram a proposta como “inacreditável” e até como “o sistema de segurança mais perigoso já projetado”. Outros ironizaram a ideia de transformar uma bateria em míssil como estratégia de proteção.
Especialistas reforçam que, embora os riscos de incêndios em baterias sejam reais, a solução deve estar em novos materiais, sistemas mais resistentes e tecnologias avançadas de supressão de fogo, e não em lançar componentes pesados para o meio da rua.
No fim, a experiência chinesa se tornou mais uma polêmica do que uma inovação. A discussão, no entanto, reforça a urgência de soluções confiáveis para a segurança dos veículos elétricos, um dos principais pontos de atenção da indústria automotiva atual.
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