Ceará receberá investimento bilionário para a produção de hidrogênio verde. Nova unidade de produção deve chegar ao município de Caucaia já em 2025

Investimento de mais de R$ 4 bilhões viabilizará Planta de Hidrogênio Verde em município do Ceará, gerando empregos e renda para os moradores da região.

Na última semana, o prefeito de Caucaia – Ceará, Vitor Salim, se reuniu com representantes da empresa Casa dos Ventos Energias Renováveis S/A com o objetivo de debater sobre a instalação de uma usina de Hidrogênio Verde, na expansão da Zona de Processamento de Exportação 2 (ZPE 2), área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O investimento estimado para a primeira fase do projeto é de US$ 900 milhões, o que em conversão direta equivale a cerca de R$ 4,3 bilhões.

Projeto de Hidrogênio Verde no Ceará será construído em 2025

O acordo foi fechado na última quarta-feira (12) e, além do prefeito de Caucaia, participaram da reunião o secretário de Planejamento Urbano e Ambiental, Diego Pinheiro, e os representantes da empresa, o diretor de Engenharia Francisco Habib, e o gerente de Projetos, Matheus Kleming.

Valim ressalta que a planta de hidrogênio verde no Ceará desencadeará uma grande cadeia de produção de industrialização e desenvolvimento para o município. Segundo o gestor, a reunião foi mais um passo essencial para o avanço da energia renovável da cidade, afirmando que representa o começo de novos investimentos para Caucaia, além do fomento à geração de emprego e renda.

Diego Pinheiro destaca que o projeto de hidrogênio verde no Ceará terá construção iniciada em 2025, e deve começar suas operações já em 2027. Para o secretário, o estado ganha destaque no cenário brasileiro pelo seu imenso potencial na geração de fontes de energia limpa. O principal local de viabilidade desta geração, em que se associa potencial natural e custo viável.

Projeto em Caucaia terá capacidade instalada de 2.4 GW

Segundo a empresa Casa dos Ventos Energias Renováveis S/A, a planta de H2V em Caucaia produzirá hidrogênio para exportações a partir de água, energia eólica e ar, através de fontes sustentáveis que serão transportadas na forma de amônia verde.

O projeto terá capacidade instalada de 2.4 GW, com foco na produção de 378.140 toneladas de H2V anualmente, dividida em quatro fases, e produção máxima estimada para  2032. Para a primeira fase do projeto, devem ser geradas 100 mil toneladas de amônia verde anualmente.

Segundo o vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, o estímulo ao hidrogênio verde é prioritário para o Governo Federal e citou o Ceará como um grande exemplo de potencial nesta nova fronteira energética.

Alckmin destacou a complementaridade das energias solar e eólica no Ceará e em outros estados do Nordeste. Em entrevista, o ministro comentou que durante o dia se tem o Sol, que gera energia por meio das células fotovoltaicas e à noite se tem o vento. Essas duas fontes se somam.

Hidrogênio verde recebe grandes investimentos no mercado brasileiro

Em seu primeiro Investor Day desde sua privatização em 2022, a Eletrobras demonstra interesse no mercado de hidrogênio verde, combustível essencial para a transição energética. A empresa afirma que o país conta com vantagens competitivas para a produção deste combustível, e que o grande parque gerador de energia limpa da Eletrobras projeta a empresa como um grande potencial player relevante.

Wilson Ferreira Júnior, CEO da Eletrobras, destacou que a empresa está analisando atuar em novos mercados, como o de Hidrogênio Verde. Entretanto afirmou que a alocação de capital será um grande desafio para a empresa, visto que o número de oportunidades rentáveis no mercado é grande. O executivo afirma que a Eletrobras deve ser muito focada e disciplinada para aproveitar as oportunidades.