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Casa sustentável de 108 m² economiza quase 60% usando radier, tijolo ecológico, estrutura de bambu e placas solares, construída rapidinho

Publicado em 03/11/2025 às 19:11
Casa sustentável de 108 m² em São Paulo combina radier, tijolo ecológico, bambu e placas solares para alcançar conforto térmico e economia real na construção eficiente.
Casa sustentável de 108 m² em São Paulo combina radier, tijolo ecológico, bambu e placas solares para alcançar conforto térmico e economia real na construção eficiente.
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A Casa sustentável levantada em São Paulo alcançou economia próxima de 60% ao combinar radier de concreto polido, tijolo ecológico, estrutura de bambu e placas solares, com execução acelerada e foco em conforto térmico e baixo impacto

A Casa sustentável de 108 m² construída por Sabrina e Rafael no coração de São Paulo comprova que planejamento técnico e escolhas assertivas de sistema construtivo derrubam custos sem abrir mão de desempenho. O orçamento convencional projetava algo em torno de 400 mil reais para a metragem. O resultado final ficou em aproximadamente 210 mil reais, já incluindo custos indiretos e a compra das placas fotovoltaicas, o que elevou a economia para patamares próximos de 60%.

A obra foi pensada para ser rápida e limpa. O radier de concreto polido foi executado em um dia, as alvenarias em 45 dias e a cobertura em quatro dias, encurtando prazos e despesas de canteiro. O projeto prioriza conforto térmico, ventilação cruzada e insolação controlada, mantendo a casa quentinha no frio e fresquinha no calor, com circulação de ar contínua e aberturas posicionadas para o vento sudeste.

Fundação radier: piso pronto e canteiro mais enxuto

O radier substituiu fundações profundas, escavações e uso intensivo de formas, algo especialmente vantajoso em lotes de vila com vizinhança próxima. A mesma concretagem entregou fundação, contrapiso e piso final, bastando o polimento e a cura controlada por irrigação leve. Ao evitar estacas, escavações e maquinário pesado, a equipe reduziu prazo, transporte de entulho e interferência nos imóveis lindeiros.

Além do ganho de tempo, o radier corta etapas onerosas do método tradicional. Menos mão de obra, menos madeira e menos logística significam menos custos indiretos diários. Em cenários urbanos, onde cada dia de obra pesa, a economia de tempo vira economia de dinheiro de forma direta.

Tijolo ecológico: desempenho térmico e conta total mais baixa

O tijolo ecológico tem preço unitário superior ao cerâmico comum, mas o sistema inteiro pesa menos no bolso quando se soma tudo o que sai do caminho.

Assentamento sem chapisco e sem reboco, vergas, contravergas e grautes integrados e conduítes embutidos reduzem material, etapas e retrabalhos. O acabamento aparente elimina custos de massa e pintura em grandes áreas internas.

O resultado é uma parede que regula umidade e temperatura, garantindo conforto sensível no uso diário. Sem quebra-quebra para instalações e com rejuntes simples aplicados até com saco de confeitar, o processo fica didático para autoconstrução parcial.

A estética final agrega valor com pouca intervenção, mantendo a coerência técnica e visual do conjunto.

Estrutura de bambu: leveza, estética e números convincentes

A cobertura passou por três cenários orçamentários: madeira por cerca de 30 mil reais, metalon por 20 mil e bambu por cerca de 10 mil, mantendo rigidez e durabilidade com desenho leve e integrador. A solução em bambu entregou o melhor custo global, com montagem ágil e impacto visual que dialoga com o conceito da casa.

O bambu também conversa com a lógica de baixo peso nos fechamentos e com a telha empregada, permitindo apoios bem distribuídos e execução rápida da terça à sexta-feira.

O efeito no ambiente é imediato: sombra bem modulada, vão livre organizado e linguagem arquitetônica que reforça o caráter sustentável do projeto.

Insolação, ventilação e pé-direito: conforto desenhado

A implantação aproveita sol da manhã nos quartos e sombreamento das áreas sociais à tarde, o que amplia o uso do jardim e baixa a carga térmica no fim do dia. Pé-direito mais alto e janelas superiores aceleram a exaustão do ar quente, enquanto corredores de ventilação e aberturas opostas potencializam a ventilação cruzada.

O uso de cobogós nas áreas técnicas e no lavabo garante iluminação e ventilação naturais permanentes, dispensando soluções mecânicas em períodos extensos do ano.

O conjunto mantém a casa arejada e luminosa, com luz difusa e privacidade assegurada, reduzindo custos futuros com climatização.

Esquadrias e marcenaria inteligente: desempenho com baixo custo

As esquadrias de vidro temperado simples receberam batentes em madeira de demolição, solução que confere aparência de serraria fina por uma fração do preço. Película antivandalismo substituiu grade externa, preservando o visual limpo e a relação franca com o jardim e a rua.

Portas e batentes foram fabricados sob medida por marcenaria local usando madeira reaproveitada. A estratégia cortou custos frente às peças industrializadas e criou identidade para o conjunto.

A janela baixa na sala e nos quartos garante vista do verde em posição de estar e deitar, elevando o conforto perceptivo com zero custo energético.

Cozinha integrada e área gourmet única: menos obra, mais uso

A casa adota uma única cozinha ampliada, integrada à área externa, evitando o erro de dividir investimento em “duas meias cozinhas”. Fogão e churrasqueira em tijolo ecológico ficam próximos, facilitando o preparo e mantendo exaustão natural para frituras e grelha.

O layout em L multiplica bancadas e circulação, enquanto a porta de três folhas abre 66% do vão e integra sala, copa e quintal. Menos paredes, mais integração e melhor exaustão resultam em ambientes realmente usados, reduzindo compras duplicadas de armários e equipamentos.

Banheiros, acessibilidade e acabamentos racionais

Os banheiros priorizam revestimento apenas nas áreas molhadas, com porcelanato de grande formato para reduzir juntas e manutenção. A cuba funcional e janelas amplas garantem higiene fácil e iluminação abundante. No conjunto, é um acabamento sincero, durável e econômico.

Acessibilidade foi tratada desde o projeto, com portas largas e circulação confortável, pensando na mãe idosa que mora com a família. A decisão evita reformas futuras e agrega valor de uso imediato, mantendo a coerência da proposta de casa para a vida toda.

Prazos, equipe e custos indiretos sob controle

A cadência de obra foi direta: 1 dia de radier, 45 dias para levantar as paredes e 4 dias para a cobertura. A equipe central, com um construtor e um ajudante mais reforços pontuais nos grautes, reduziu diárias e complexidade logística, pontos sensíveis do orçamento real.

Ao encurtar o cronograma, a família saiu mais cedo do aluguel e diminuiu gastos com transporte, alimentação e guarda de materiais. Em obra urbana, tempo é variável financeira. Cada dia economizado retorna em caixa e viabiliza melhorias, como a compra antecipada das placas solares.

Portas abertas ao jardim: conforto ambiental e vigilância natural

O terreno estreito, de 8 metros de frente, foi convertido em vantagem com aberturas francas para o jardim e corredores de ventilação, mantendo a casa iluminada de ponta a ponta. O quintal ativo cumpre papel microclimático e social, estendendo a sala para fora.

A presença de vizinhos próximos e fachadas ativas cria vigilância natural do entorno. Com película reforçada nas esquadrias e portões baixos no bairro, a casa mantém transparência, uso do passeio e sensação de pertencimento, evitando soluções defensivas mais caras e pesadas.

O que explica a economia próxima de 60%

A diferença não veio de um único item, mas de um pacote coerente. O radier cortou etapas e madeira. O tijolo ecológico eliminou chapisco, reboco e parte da pintura.

A estrutura de bambu custou um terço da madeira orçada. Esquadrias simples com marcenaria de demolição entregaram estética premium com orçamento popular.

Some a isso o cronograma curto, a redução de custos indiretos e a compra antecipada das placas fotovoltaicas sem inflar o total.

O resultado final caiu para cerca de 210 mil reais frente a um cenário convencional de 400 mil, já vivendo na casa pronta antes e desfrutando do conforto térmico desde o primeiro dia.

Entre as soluções desta Casa sustentável, qual mais te convenceu para aplicar no seu projeto agora: radier que vira piso, tijolo ecológico aparente, estrutura de bambu ou integração total com o jardim?

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Fonte
Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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