Em carta publicada no site da Sindipetro, caminhoneiros declaram apoio total à greve de petroleiros e colocam Bolsonaro em xeque
A greve dos petroleiros, que neste sábado entra no seu 15º dia, ganha apoio com a carta dos caminhoneiros que será enviada ao presidente Jair Bolsonaro exigindo o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI), praticado nas refinarias de petróleo desde 2016 e causa dos preços elevados dos combustíveis no mercado interno. Governo pretende vender áreas de petróleo e gás além das 200 milhas náuticas na 17ª rodada do pré-sal
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“Perdem os consumidores brasileiros que tem de pagar preços pelos combustíveis muito mais altos do que deveriam, perde a própria Petrobras que fica com suas refinarias na ociosidade, perdendo mercado, emprego e renda para refinarias estrangeiras”, aponta a carta dos caminhoneiros, que apresenta uma reivindicação idêntica à dos petroleiros.
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Segundo o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, “este assunto precisa ser discutido com toda a sociedade, que é afetada em todos os setores por causa dos altos preços dos combustíveis. E se nós temos o petróleo e a Petrobrás, não é possível mais aceitarmos essa cobrança inadequada na bomba”.
A Shell é uma das refinarias estrangeiras que mais lucra, exercendo o papel de importador e exportador. Como segunda maior produtora de petróleo no Brasil, a empresa possui três refinarias no exterior com a Aramco, maior produtora mundial, e vai vendendo para o Brasil, explica o economista aposentado da Petrobras Cláudio Oliveira, alinhado com as reivindicações dos caminhoneiros.
A carta destaca a descoberta do pré-sal: “… fomos agraciados com a descoberta das maiores reservas ocorrida no mundo nos últimos 30 anos e temos uma empresa estatal, a Petrobras, líder mundial na extração de petróleo em águas profundas e ultra profundas, que em poucos anos conseguiu reduzir o custo de extração de óleo para apenas US$ 5 o barril”.
Em outro trecho afirma: “Nos últimos anos a crise econômica brasileira atingiu nossa categoria de forma impiedosa, culminando com a greve de 2018. As soluções apresentadas pelo governo na época foram paliativos que não resolveram o problema que continua latente”.
De acordo com a carta, os caminhoneiros concordam com o incentivo à construção de novas refinarias no país, mas não com a venda das refinarias já construídas e em produção, como tem sido propalado pela imprensa. “Isto não ajudaria em nada”.
A carta é assinada pela Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil Liberdade e Trabalho (ANTB), entidade que congrega transportadores autônomos por todo o Brasil.
Abaixo você poderá ler toda a carta na íntegra