Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) conseguiram criar um concreto sustentável de resultados impressionantes já nos primeiros testes
E o Brasil se destaca mais uma vez com a ciência! Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) criaram uma nova forma de produzir concreto sustentável, usando impressão 3D. Essa tecnologia vai ser estudada a fundo e promete trazer ótimos resultados para o setor de indústria e construção civil nos próximos anos.
Todavia, os estudantes descobriram que ao usar impressão 3D, é possível produzir um tipo de concreto que economiza resíduos. Dessa forma, ele se torna mais sustentável. Além disso, a proporcionação feita pela impressora 3D, em quantidades exatas, torna o material superior ao que é usado hoje em dia, em termos de qualidade. Afinal, os resultados preliminares apontaram para um desempenho muito superior desse novo concreto em relação ao comercial. Quer saber mais sobre essa incrível inovação? Então continue a leitura.
Entenda mais sobre esse novo tipo de concreto com o vídeo abaixo
Afinal, como funciona o processo de produção do concreto sustentável criado?
O Grupo de Ensino de Materiais Sustentáveis na Construção (Gemasc) é o responsável pelo estudo, dentro da Universidade Federal de Santa Maria. Os estudantes apontam a impressão 3D como uma alternativa para desenvolver materiais no setor da construção civil.
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Durante os testes realizados no laboratório, a equipe de pesquisadores modela objetos no computador que serão confeccionados em camadas de concreto sustentável. A partir dessa modelagem, eles testam quantidades exatas de proporção dos materiais que compõe o concreto. O teste das dosagens está permitindo aos estudantes confeccionar um novo tipo de concreto com pouquíssimos resíduos, reduzindo o impacto ambiental.
“Somente depois de todo esse processo, testamos a impressão 3D, para ver se vai ser possível como material utilizado. Porque cada caso é bastante único, e precisamos estar atentos a bastante detalhes para conseguir fazer isso tudo funcionar”.
Doutoranda em Engenharia Civil, Tuani Zat, em entrevista ao Jornal Diário (2022)
Projeto de alta tecnologia está em busca de financiamento para manutenção
Os pesquisadores afirmam que essa tecnologia é nova no Brasil, visando um concreto sustentável. Todavia, em outros países, alguns prédios inteiros foram construídos usando grandes impressoras 3D, mas sem a preocupação ambiental. Por enquanto, o projeto é levado apenas em escala de laboratório, devido à falta de infraestrutura e de material suficiente para projetos em larga escala.
Dessa forma, o grupo da Universidade Federal de Santa Maria, tem buscado novas parcerias a fim de tornar esse um processo de aplicação na indústria e construção civil no Brasil. Afinal, a tecnologia é promissora e os resultados são impressionantes quanto à resistência e durabilidade do material.
Paulo Matos, o coordenador do projeto, aponta que o financiamento é necessário principalmente para o desenvolvimento do setor de robótica envolvido no projeto. Afinal, muitas peças precisam ser importadas e se alguma empresa do ramo fizesse parceria, poderia produzir e baratear o estudo.
Existe muita possibilidade em aberto, pois como todas as empresas deste ramo são estrangeiras, traria o apelo de ter uma bandeira brasileira, assim como baratearia os equipamentos e processos.
Paulo Matos, coordenador do projeto, em entrevista ao Portal Diário (2022).
Aplicações potenciais do novo concreto na indústria e construção civil são múltiplas e oferecem muitos benefícios e poucas desvantagens
O uso desse novo concreto sustentável promete uma série de benefícios ao setor da construção civil e da indústria. Em primeiro lugar, ele pode reduzir a velocidade necessária na construção, reduzir resíduos produzidos e também mão de obra, tendo em vista o uso de impressão 3D em larga escala. Além disso, o uso da impressora permite a conformação de novos formatos às edificações, contribuindo para a arquitetura moderna das cidades.
No entanto, nem tudo são flores. A adoção dessa nova técnica tem apena uma desvantagem significativa: os custos. Isso envolve tanto da construção e aquisição dos equipamentos como da manutenção. Todavia, a longo prazo, o investimento vale muito a pena.