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Brasil tem laços fortalecidos com Estados Unidos, ainda que tenham apresentado opiniões diferentes quanto à guerra entre Rússia e Ucrânia

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 27/04/2022 às 08:37
Brasil, Estados Unidos, Rússia
Foto: Reprodução de Brett Sayles, disponível no Pexels

Nas discussões entre Estados Unidos e Brasil apareceram pautas como o conflito entre Rússia e Ucrânia, democracia e Amazônia

No dia 25 de abril, segunda-feira, autoridades do Departamento de Estado dos Estados Unidos realizaram os primeiros contatos de alto escalão com o Governo do Brasil desde 2019. Dessa vez, as conversas reforçaram os laços entre os dois países, que constituem hoje as duas maiores democracias do Hemisfério Ocidental, ainda que apresentem pensamentos divergentes acerca do conflito entre Ucrânia e Rússia.

Nesse viés, Victoria Nuland, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, se mostrou grata aos diplomatas do Brasil por se posicionarem ao lado dos Estados Unidos na votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mesmo que o presidente Jair Bolsonaro não tenha criticado os ataques da Rússia à Ucrânia.

De acordo com a matéria do veículo de notícias virtual Info Money, a subsecretária afirmou a repórteres: “Em um momento em que o mundo está em turbulência, Estados Unidos e Brasil precisam um do outro”. Segundo ela, a Rússia está acabando com os ideais defendidos pelos Estados Unidos e pelo Brasil.

Durante as discussões, foi levantada a questão da democracia brasileira

Além da questão da guerra entre Rússia e Ucrânia, Victoria Nuland afirmou que os Estados Unidos acreditam nas fortes instituições que defendem a democracia do Brasil, quando questionada a respeito das críticas do presidente Jair Bolsonaro voltadas ao sistema eleitoral brasileiro. “Temos confiança em seus sistemas e vocês precisam ter confiança em seus sistemas, inclusive no nível de liderança”, completou ela.

José Fernández, subsecretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente, afirmou que os Estados Unidos incentivaram a associação do Brasil à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma instituição que engloba nações ricas. No entanto, ele acredita que a adesão possa durar muitos anos.

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A questão da Amazônia também entrou em pauta

Ainda, as autoridades dos Estados Unidos se mostraram preocupadas quanto à questão do desmatamento na Floresta Amazônica, conforme o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, secretário das Américas do Ministério das Relações Exteriores. Para repórteres, ele declarou: “Eles querem ver resultados concretos”.

O embaixador afirmou que as autoridades dos Estados Unidos estão cientes de como o Brasil tem lidado com o desmatamento e que medidas está tomando para contê-lo. Além disso, transmitiu a mensagem de que os países desenvolvidos necessitam desembolsar mais financiamentos e investimentos nos setores de desenvolvimento sustentável – o que tem ocorrido no Brasil através de projetos de sustentabilidade.

Essa preocupação surgiu a partir do aumento do desmatamento na maior floresta tropical do mundo, intensificado durante o governo de Bolsonaro e que alcançou taxas recordes no período de janeiro a fevereiro.

Assista também ao vídeo a seguir e fique por dentro do assunto:

Aço subindo: afetadas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, siderúrgicas do Brasil aumentam preços do produto, que podem chegar a um acréscimo de até 10%

Devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, o mercado mundial tem sido afetado de diversas formas, sendo uma delas o aumento do preço do aço. Assim, as siderúrgicas do Brasil também têm seguido os valores internacionais do aço. De acordo com especialistas da área, os preços do vergalhão da Gerdau no Brasil aumentaram de 6% a 9%. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), realizará aumentos de entre 8% a 10%, até o início de abril, no máximo. Até o momento, Usiminas não divulgou alterações, mas é provável que siga no mesmo caminho.
O acréscimo da Gerdau segue uma equação de semelhança de importação fortemente reduzida, superior a 20%, diante de níveis de equilíbrio de 5%. Ainda nesta semana, foi publicado um relatório pelo BTG Pactual em que os analistas Caio Greiner e Leonardo Correa afirmaram que os valores dos aços longos estavam menores em comparação à paridade há muito tempo, o que mostra que as condições de demanda continuavam fracas. Para saber mais informações sobre o conflito no Leste Europeu, clique aqui e leia esta matéria na íntegra.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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