A relação comercial entre Brasil e Argentina no que se refere o combustível nuclear teve início em 2016, com a exportação de 4 toneladas de urânio.
Brasil exportará urânio enriquecido para alimentar reatores nucleares na Argentina. Os países estão em negociação e, de acordo com Indústrias Nucleares do Brasil (INB) a exportação pode ocorrer até o início do ano que vem. A terceira exportação, em maio, foi de urânio enriquecido a 4,15%, na forma de pó de UO2, destinados aos reatores nucleares de Atucha e o modular Carem-25.
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Se concluída a negociação, esta será a quarta vez que reatores nucleares da Argentina serão alimentados com urânio enriquecido brasileiro. A exportação anterior, ocorreu no dia 7 de maio, em meio a pandemia do novo coronavirus.
A carga saiu da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), no Rio de Janeiro, envolvendo um verdadeiro aparato logístico de segurança para o transporte e foi entregue a Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar) quatro dias depois.
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A relação comercial entre Brasil e Argentina no que se refere o combustível nuclear teve início em 2016, com a exportação da primeira carga de 4 toneladas do produto para a Conuar.
Atualmente, a Argentina possui três reatores nucleares gerando cerca de 5 por cento da eletricidade no país. Sendo o primeiro, inciando operação em 1974.
Reservas de Urânio no Brasil
O Brasil detém uma das maiores reservas de urânio do mundo. Já esteve em quinto lugar, mas no ranking da Agência Internacional de Energia Atômica, de 2017, caiu para nono, o que ainda é bem significativo. Porém, por falta de pesquisas, o país pode ter muito mais urânio do que se contabiliza.
Atualmente, os recursos nacionais são estimados em 244.788 toneladas de concentrado de urânio (U3O8). Desse total, 32,5% estão localizados em Itataia, no estado do Ceará, e 40,6%, em Caetité, na Bahia. São duas grandes jazidas, também conhecidas como Províncias Uraníferas, nas quais há diversas áreas potenciais a serem exploradas.
Na baiana Caetité o governo quer começar logo os trabalhos na Mina do Engenho. Para isso, acaba de assinar contrato com a empresa Tracomal Terraplenagem e Construções Machado, para a prestação de serviços de lavra.
Já a mina cearense de Santa Quitéria, em Itataia, a INB firmou parceria com a empresa privada Galvani. Juntas, montaram o Consórcio Santa Quitéria, para extrair urânio associado ao fosfato. O negócio deve começar até 2024, com previsão de produção de até 1.600 toneladas de yellowcake por ano, com a aplicação de tecnologia de separação de fosfato do urânio.
As licenças estão em estudo pela CNEN e o Ibama, mas o ministro de Minas e Energia, Bento de Albuquerque, se reuniu recentemente com as duas empresas que formam o consórcio, o que representa um aval para o novo modelo de negócio.
por- clarin