Quase um pré-sal lilás, há um novo mapa da mina no Rio Grande do Sul. Estudo do Serviço Geológico do Brasil encontra jazida de ametistas em terras gaúchas!
A descoberta do estudo do Serviço Geológico do Brasil é que há ametistas sob uma camada de ágatas, pedras de menor valor. Seria quase um pré-sal lilás. Atualmente, em Santana do Livramento, há apenas garimpo de ágata, que só pode ser polida. Como ametista pode ser lapidada, tem mais valor.
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Dados parciais, apenas das lavras visitadas pelo Serviço Geológico do Brasil, apontam a produção de 1.689 toneladas de ametista por ano no lado uruguaio. O potencial, no lado de cá da fronteira, seria equivalente. O Rio Grande do Sul já é o maior produtor mundial de ágatas e ametistas, com jazidas concentradas no norte do Estado.
O estudo abre uma nova fronteira, literalmente. A pesquisadora responsável é a geóloga gaúcha Magda Bergmann, que incursionou também pela história e localizou registros de mineração de ametistas na fronteira ainda em 1905.
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Em entrevista ao jornalista e colunista do Correio do Pampa Duda Pinto, na última semana, a pesquisadora em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e a profissional que conduziu estudo feito em solo santanense, Magda Bergmann, disseram que a conclusão é que a província geológica Los Catalanes avança do Uruguai para o lado brasileiro.
Conforme explicou Magda, hoje não existe mais o termo “pedras preciosas”, elas são chamadas de gemas. “A ametista se presta à lapidação, diferente da ágata, dedicada ao polimento. Mas ambas têm recursos muito grandes tanto para pedras de joalheria como para, no caso das ágatas, elaboração de peças artísticas, centros de mesa, cabos de talheres”, frisou.
Para os geólogos, a descoberta de ametista nessa região não é novidade. “O Uruguai produz ametista e ágatas. As jazidas são enormes. E a geologia não conhece fronteiras políticas”, enfatizou a pesquisadora.
Rio Grande do Sul é líder mundial em produção de ametista
O Rio Grande do Sul é conhecido por possuir jazidas de ágata no Distrito Mineiro de Salto do Jacuí e depósitos de classe mundial de ametista, localizados em Ametista do Sul, liderando a produção mundial desta gema.
Sobre o dimensionamento da capacidade de exploração, de acordo com o Anuário Mineral do Rio Grande do Sul, produzido pela Agência Nacional de Mineração, em 2017, foram produzidas 4700 toneladas de geodos de ametista em Ametista do Sul e 8279 toneladas de ágatas, calcedônia, etc. em Salto do Jacuí. Tais números são um modelo que podem dimensionar a expectativa de exploração aqui na Fronteira.
Para o geólogo André Almeida Bastos, a exploração de bens minerais requer a licença da União, sob pena de incorrer em crime de usurpação de bem da união. “A parte de cima das terras (superfície) pode ser do proprietário, mas o subsolo é do Governo Federal e somente ele pode autorizar a extração”, resumiu.
Questionado se já existe a fase de negociação entre os proprietários de terra e interessados na exploração, André afirma que sim. “Nossa ideia é aproveitar esse conhecimento e oferecer as possibilidades para mais proprietários de terras”, revelou.
O estudo completo desenvolvimento Serviço Geológico do Brasil (SGB) pode ser acessado neste site.