As duas empresas formaram uma joint venture incorporada IBV Brasil Petróleo Ltda para adquirir a Encana Brasil Petróleo Ltda dos produtores de gás canadenses EnCana
A estatal Bharat Petroleum Corp Ltd (BPCL) foi forçada a pagar por sua parceira inadimplente, a Videocon Industries Ltd, após ter contado com um modelo raramente usado para adquirir participação em cinco blocos de petróleo no Brasil, disseram fontes.
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Em setembro de 2008, BPCL e Videocon Industries formaram uma joint venture incorporada IBV Brasil Petroleo Limitada para adquirir a Encana Brasil Petroleo por US$ 283 milhões.
Fontes disseram que normalmente essas aquisições são feitas por meio de joint ventures não incorporadas, mas a BPCL optou por formar uma joint venture incorporada, que é organizada como uma entidade legal separada e distinta. E toda a entidade é considerada inadimplente se algum dos sócios não pagar por sua parcela de custos.
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Com a falida Videocon incapaz de pagar seus pedidos de dinheiro para a exploração e desenvolvimento dos campos de petróleo, o consórcio IBV enfrentou a probabilidade de um default e o risco de ser expulso.
Para salvar o dia, a BPCL injetou US$ 53,98 milhões no IBV em 2019-20, resultando em uma participação na joint venture de 55,13 por cento, disseram fontes com conhecimento direto do desenvolvimento.
Se a BPCL tivesse adquirido os blocos brasileiros por meio de uma joint venture não incorporada, apenas a Videocon teria sido considerada inadimplente por não pagar sua parte dos custos. Esse padrão não teria afetado o BPCL.
Fontes disseram que em uma joint venture sem personalidade jurídica – que não é constituída como pessoa jurídica e é formada apenas por contrato – a BPCL não teria se arriscado a perder o bloco se o sócio não pagasse. A aposta da BPCL não teria sido alterada, mesmo se a Videocon entrasse em default.
No entanto, no modelo escolhido pela BPCL, toda a joint venture corria o risco de ser rotulada como inadimplente e de perder os campos de petróleo.
Quando contatado, um alto funcionário da BPCL disse que o aumento da participação da empresa na IBV é temporário e voltaria ao acordo anterior assim que a empresa que assumir a Videocon pague pelo default.
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BPCL detém 12 blocos offshore por meio de sua subsidiária Bharat PetroResources Ltd (BPRL). Cinco desses blocos de petróleo estão no Brasil, dois nos Emirados Árabes Unidos e um em Moçambique, Indonésia, Austrália, Israel e Timor Leste.
A IBV Brasil Petróleo Limitada (incorporada no Brasil), uma empresa de joint venture da BPRL Ventures BV, e a Videocon Energy Brazil Ltd, renunciaram às subsidiárias da BPRL e da Videocon Industries Limited, respectivamente, detêm participação em 5 blocos em 3 concessões no Brasil.
Na concessão Sergipe Alagoas (BM-SEAL-11), que atualmente consiste em três blocos, a Petrobras do Brasil é a operadora com 60 por cento de participação e o IBV detém os 40 por cento restantes.
Durante os períodos de exploração, quatro descobertas de petróleo e gás – Barra, Farfan, Cumbe e Barra foram feitas nesta concessão.
Na concessão Potiguar (BM-POT-16), a Petrobras é a operadora com 30 por cento de participação, os demais sócios são IBV (20 por cento), Petrogal (20 por cento) e BP (30 por cento).
Na concessão de Campos (BM-C-30), a BP com 35,7 por cento é a operadora e os outros parceiros são IBV Brasil (35,7 por cento) e Total da França (28,6 por cento).
Fonte: Energy World