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BNDES injeta R$ 3,3 bilhões em Santa Catarina para rodovias, navios híbridos da Petrobras e biodiesel no agro

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 22/09/2025 às 19:23
BNDES investe R$ 3,3 bi em Santa Catarina: rodovias, navios híbridos para a Petrobras e expansão de biodiesel, com impacto em empregos e transição energética.
BNDES investe R$ 3,3 bi em Santa Catarina: rodovias, navios híbridos para a Petrobras e expansão de biodiesel, com impacto em empregos e transição energética.
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UOL detalha como o BNDES direciona recursos para logística, construção naval e agroindústria em SC com impacto direto em obras, empregos e transição energética

O BNDES aprovou um pacote de R$ 3,3 bilhões para Santa Catarina que combina obras em rodovias, uma encomenda de oito navios híbridos para apoio offshore e a ampliação de uma planta de biodiesel atrelada ao esmagamento de soja. Segundo o UOL, o anúncio reúne frentes de investimento em infraestrutura logística, construção naval e agroindustrial, com efeitos imediatos em cadeias produtivas estratégicas do estado.

De acordo com o UOL, o bloco inclui R$ 401 milhões para trechos das rodovias SC-492, SC-283, SC-120 e SC-305, R$ 2,5 bilhões para a Starnav Serviços Marítimos adquirir embarcações construídas no estaleiro Detroit Brasil, em Itajaí, e R$ 356 milhões para expansão da Cooperativa Agroindustrial Alfa, que passará a esmagar 3 mil t/dia e instalará unidade de biodiesel com capital de giro associado. O BNDES estima, ainda segundo o UOL, redução de cerca de 18% nas emissões nas novas embarcações com motorização híbrida.

O que entra no pacote e quem é beneficiado

O programa BNDES Invest Impacto, citado pelo UOL, abre com R$ 401 milhões destinados a 9 km de pavimentação na SC-492 e 108 km de recuperação estrutural nas SC-283, SC-120 e SC-305, conectando Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense.

O desembolso inicial é de R$ 100 milhões, o que permite mobilização rápida de obras e contratação de serviços regionais.

Esse recorte geográfico importa porque distribui canteiros e empregos por diferentes macrorregiões.

No setor naval, o UOL informa que o BNDES financiará R$ 2,5 bilhões de um investimento total de quase R$ 2,9 bilhões da Starnav, equivalentes a cerca de 88% do projeto.

São oito embarcações multipropósito híbridas de 5.500 TPB cada, quatro PSV e quatro OSRV, com afretamento por 12 anos à Petrobras.

Isso significa previsibilidade de receita para o armador, garantia de ocupação para o estaleiro local e cadeia de fornecedores ativada em Itajaí e entorno.

Por que os navios híbridos importam para a transição energética

Segundo o UOL, a propulsão diesel-elétrica com banco de baterias deve cortar em torno de 18% as emissões frente à frota atual da Starnav.

Essa melhoria é relevante no apoio marítimo offshore, segmento que opera de forma contínua e de alto consumo.

A padronização de 5.500 TPB também aumenta capacidade e eficiência logística para reabastecimento de plataformas e operações de resposta a derramamentos.

Para a Petrobras, contratos de 12 anos viabilizam a curva de aprendizagem dessas embarcações e criam sinal de demanda para tecnologias mais limpas.

Para Santa Catarina, o efeito é industrial e empregador. Cada casco movimenta metalmecânica, elétrica, baterias, automação e serviços especializados, o que se traduz em cadeias longas e tributos locais, como frisa o desenho de financiamento citado pelo UOL.

Rodovias estaduais e a lógica do “ganho rápido” na logística interna

A lista do UOL mostra uma combinação de pavimentação curta e recuperação estrutural longa.

A pavimentação de 9 km na SC-492 tem impacto imediato na circulação regional, enquanto os 108 km de SC-283, SC-120 e SC-305 são fundamentais para escoar produção agroindustrial e reduzir custo de frete.

Obras de recuperação estrutural preservam o patrimônio rodoviário e diminuem gastos com manutenção corretiva, melhorando segurança e regularidade de fluxo.

O desembolso inicial de R$ 100 milhões apontado pelo UOL permite montar frentes de serviço sem atrasar licitações subsequentes.

Para o transportador e para o produtor rural, a qualidade do pavimento impacta consumo de combustível, pneus e tempo de viagem.

Qualquer quilômetro recuperado em rotas de alto tráfego derruba custo logístico, melhora pontualidade e sustenta competitividade regional.

Agro, esmagamento de soja e biodiesel como política de valor agregado

De acordo com o UOL, a Cooperativa Agroindustrial Alfa elevará a capacidade de 2 mil para 3 mil t/dia e instalará planta de biodiesel no mesmo parque.

Essa integração vertical captura margens em diferentes elos da cadeia e ancora demanda de soja local.

O biodiesel abre mercado adicional, com potencial de estabilidade de receita ao amortecer choques de preço da commodity.

A presença de capital de giro associado no pacote citado pelo UOL sinaliza preocupação com ciclo operacional, evitando gargalos entre compra de grão, processamento e venda.

Para o produtor, mais capacidade industrial reduz fila e encurta prazos de pagamento. Para o estado, mais processamento significa imposto na origem e empregos de maior qualificação.

O recorte político e a trajetória recente de crédito no estado

Em nota repercutida pelo UOL, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, comparou o fluxo atual com o ciclo anterior e apontou R$ 31,4 bilhões em financiamentos para SC em dois anos e meio, ante R$ 24,1 bilhões em quatro anos do governo anterior.

A comparação dá dimensão do apetite de crédito e do efeito acelerador em projetos com capacidade de execução já madura.

Para a audiência empresarial, esse dado sugere janela favorável para tirar do papel ativos de infraestrutura e industrialização limpa.

Para a sociedade, indica que o BNDES está priorizando projetos com impacto territorial difuso em logística, transição energética e agro de valor agregado, como evidencia o recorte do UOL.

O que observar a partir de agora

Primeiro, a execução física das obras rodoviárias e a velocidade de contratação de serviços serão um termômetro de governança.

Segundo, a rampa de produção dos oito navios e a integração com a Petrobras precisam cumprir prazos, preservando a meta de emissões citada pelo UOL.

Terceiro, a planta de biodiesel da Alfa terá de equilibrar mercado de óleo, farelo e combustível, validando o racional de integração.

Se esses três vetores entregarem, o pacote do BNDES tende a multiplicar efeitos de segunda ordem em empregos, fornecedores e arrecadação local.

Se houver atrasos, o ganho de competitividade pode perder tração antes de se materializar. A execução é o ponto crítico.

Os números apresentados pelo UOL mostram um BNDES atuando como indutor simultâneo de infraestrutura, descarbonização e agregação de valor.

A aposta em navios híbridos, rodovias estratégicas e biodiesel pode redesenhar custos logísticos e competitividade industrial em Santa Catarina.

Você acha que a prioridade em navios híbridos e biodiesel é o melhor uso dos recursos agora ou as rodovias deveriam receber uma fatia maior do crédito do BNDES? Para quem vive a logística e o agro em SC, onde o impacto é mais sentido no dia a dia consumo de diesel, prazo de entrega, frete, preço da soja, empregos no estaleiro? Conte sua experiência nos comentários e ajude a mapear os efeitos reais desse pacote no estado.

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Joel
Joel
22/09/2025 21:13

LULA é, desde os tempos de JK, o maior PRESIDENTE que este NOSSO BRASIL tem !!! Não há outro, não tem jeito !!! LULA até 2030 !!!

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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