UOL detalha como o BNDES direciona recursos para logística, construção naval e agroindústria em SC com impacto direto em obras, empregos e transição energética
O BNDES aprovou um pacote de R$ 3,3 bilhões para Santa Catarina que combina obras em rodovias, uma encomenda de oito navios híbridos para apoio offshore e a ampliação de uma planta de biodiesel atrelada ao esmagamento de soja. Segundo o UOL, o anúncio reúne frentes de investimento em infraestrutura logística, construção naval e agroindustrial, com efeitos imediatos em cadeias produtivas estratégicas do estado.
De acordo com o UOL, o bloco inclui R$ 401 milhões para trechos das rodovias SC-492, SC-283, SC-120 e SC-305, R$ 2,5 bilhões para a Starnav Serviços Marítimos adquirir embarcações construídas no estaleiro Detroit Brasil, em Itajaí, e R$ 356 milhões para expansão da Cooperativa Agroindustrial Alfa, que passará a esmagar 3 mil t/dia e instalará unidade de biodiesel com capital de giro associado. O BNDES estima, ainda segundo o UOL, redução de cerca de 18% nas emissões nas novas embarcações com motorização híbrida.
O que entra no pacote e quem é beneficiado
O programa BNDES Invest Impacto, citado pelo UOL, abre com R$ 401 milhões destinados a 9 km de pavimentação na SC-492 e 108 km de recuperação estrutural nas SC-283, SC-120 e SC-305, conectando Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense.
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O desembolso inicial é de R$ 100 milhões, o que permite mobilização rápida de obras e contratação de serviços regionais.
Esse recorte geográfico importa porque distribui canteiros e empregos por diferentes macrorregiões.
No setor naval, o UOL informa que o BNDES financiará R$ 2,5 bilhões de um investimento total de quase R$ 2,9 bilhões da Starnav, equivalentes a cerca de 88% do projeto.
São oito embarcações multipropósito híbridas de 5.500 TPB cada, quatro PSV e quatro OSRV, com afretamento por 12 anos à Petrobras.
Isso significa previsibilidade de receita para o armador, garantia de ocupação para o estaleiro local e cadeia de fornecedores ativada em Itajaí e entorno.
Por que os navios híbridos importam para a transição energética
Segundo o UOL, a propulsão diesel-elétrica com banco de baterias deve cortar em torno de 18% as emissões frente à frota atual da Starnav.
Essa melhoria é relevante no apoio marítimo offshore, segmento que opera de forma contínua e de alto consumo.
A padronização de 5.500 TPB também aumenta capacidade e eficiência logística para reabastecimento de plataformas e operações de resposta a derramamentos.
Para a Petrobras, contratos de 12 anos viabilizam a curva de aprendizagem dessas embarcações e criam sinal de demanda para tecnologias mais limpas.
Para Santa Catarina, o efeito é industrial e empregador. Cada casco movimenta metalmecânica, elétrica, baterias, automação e serviços especializados, o que se traduz em cadeias longas e tributos locais, como frisa o desenho de financiamento citado pelo UOL.
Rodovias estaduais e a lógica do “ganho rápido” na logística interna
A lista do UOL mostra uma combinação de pavimentação curta e recuperação estrutural longa.
A pavimentação de 9 km na SC-492 tem impacto imediato na circulação regional, enquanto os 108 km de SC-283, SC-120 e SC-305 são fundamentais para escoar produção agroindustrial e reduzir custo de frete.
Obras de recuperação estrutural preservam o patrimônio rodoviário e diminuem gastos com manutenção corretiva, melhorando segurança e regularidade de fluxo.
O desembolso inicial de R$ 100 milhões apontado pelo UOL permite montar frentes de serviço sem atrasar licitações subsequentes.
Para o transportador e para o produtor rural, a qualidade do pavimento impacta consumo de combustível, pneus e tempo de viagem.
Qualquer quilômetro recuperado em rotas de alto tráfego derruba custo logístico, melhora pontualidade e sustenta competitividade regional.
Agro, esmagamento de soja e biodiesel como política de valor agregado
De acordo com o UOL, a Cooperativa Agroindustrial Alfa elevará a capacidade de 2 mil para 3 mil t/dia e instalará planta de biodiesel no mesmo parque.
Essa integração vertical captura margens em diferentes elos da cadeia e ancora demanda de soja local.
O biodiesel abre mercado adicional, com potencial de estabilidade de receita ao amortecer choques de preço da commodity.
A presença de capital de giro associado no pacote citado pelo UOL sinaliza preocupação com ciclo operacional, evitando gargalos entre compra de grão, processamento e venda.
Para o produtor, mais capacidade industrial reduz fila e encurta prazos de pagamento. Para o estado, mais processamento significa imposto na origem e empregos de maior qualificação.
O recorte político e a trajetória recente de crédito no estado
Em nota repercutida pelo UOL, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, comparou o fluxo atual com o ciclo anterior e apontou R$ 31,4 bilhões em financiamentos para SC em dois anos e meio, ante R$ 24,1 bilhões em quatro anos do governo anterior.
A comparação dá dimensão do apetite de crédito e do efeito acelerador em projetos com capacidade de execução já madura.
Para a audiência empresarial, esse dado sugere janela favorável para tirar do papel ativos de infraestrutura e industrialização limpa.
Para a sociedade, indica que o BNDES está priorizando projetos com impacto territorial difuso em logística, transição energética e agro de valor agregado, como evidencia o recorte do UOL.
O que observar a partir de agora
Primeiro, a execução física das obras rodoviárias e a velocidade de contratação de serviços serão um termômetro de governança.
Segundo, a rampa de produção dos oito navios e a integração com a Petrobras precisam cumprir prazos, preservando a meta de emissões citada pelo UOL.
Terceiro, a planta de biodiesel da Alfa terá de equilibrar mercado de óleo, farelo e combustível, validando o racional de integração.
Se esses três vetores entregarem, o pacote do BNDES tende a multiplicar efeitos de segunda ordem em empregos, fornecedores e arrecadação local.
Se houver atrasos, o ganho de competitividade pode perder tração antes de se materializar. A execução é o ponto crítico.
Os números apresentados pelo UOL mostram um BNDES atuando como indutor simultâneo de infraestrutura, descarbonização e agregação de valor.
A aposta em navios híbridos, rodovias estratégicas e biodiesel pode redesenhar custos logísticos e competitividade industrial em Santa Catarina.
Você acha que a prioridade em navios híbridos e biodiesel é o melhor uso dos recursos agora ou as rodovias deveriam receber uma fatia maior do crédito do BNDES? Para quem vive a logística e o agro em SC, onde o impacto é mais sentido no dia a dia consumo de diesel, prazo de entrega, frete, preço da soja, empregos no estaleiro? Conte sua experiência nos comentários e ajude a mapear os efeitos reais desse pacote no estado.
LULA é, desde os tempos de JK, o maior PRESIDENTE que este NOSSO BRASIL tem !!! Não há outro, não tem jeito !!! LULA até 2030 !!!